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Em SP, feira de casamento tem até buquê de vida longa

Eventro traz novidades do bem-casado à lua de mel

ALESSANDRA BALLES
DE SÃO PAULO

A arquiteta Gabriela Morales, 26, está ansiosa atrás de novidades. Faltam 14 meses para o seu casamento.

"O que eu acho legal acabo vendo em várias festas, como os chinelos para as amigas", diz, ao se entreter com as sapatilhas da marca Libertà, R$ 38 a unidade.

"É tudo modinha, e quero que meu casamento seja lembrado como único por todos."

Em um segmento que deve faturar quase R$ 15 bilhões em 2012 (um aumento de 16% em relação a 2011, segundo o setor), o mercado tem que apressar o passo para inovar.

Uma amostra disso está na Casar 2012, que termina hoje e reúne mais de cem expositores e seus "diferenciais".

"Ai, bem, eu quero convite, bolo, bem-casado, docinho, álbum, mas eu quero tudo diferente", explicava, eufórica, Lia Mara Azevedo, 25.

Ela vai encontrar.

Os estandes com os chamados "novos tradicionais" são os que atraem mais olhares.

"Bolo oval eu nunca vi, mãe", comentava a noiva que não quis se identificar.

O bolo, do ateliê de Alessandra Tonisi, custa aproximadamente R$ 5.000.

A lista segue: balas de coco recheadas de chocolate, docinhos com estampa de oncinha, coral que compõe música inspirada na história do casal e até um vestido com esmeralda e pérolas, por R$ 60 mil, de Marco Tarragô.

"Para mim, o que mais atrai é a ideia de duradouro", comentava a empresária Ana Maria Cintra, 36, ao conhecer os noivinhos de porcelana da espanhola Lladró, R$ 11 mil a peça grande.

Ela disse que se interessou pelo buquê de flores preservadas, da Colômbia, que promete durar dez anos e custa até R$ 1.300, e pelo kit italiano de álbuns da Foto Studio Equipe (R$ 15 mil).

Minoria no evento que, segundo a organização, deve reunir 10 mil pessoas, os homens são atraídos pela tecnologia. "Achei incrível o convite com código de barras e a filmagem com cara de cinema", disse Sérgio Lima, 30.

"Ah, quando eu tiver um noivo acho que ele vai gostar dessas coisas, mas por enquanto procuro um que possa comprá-las, e logo", disse, rindo, Kátia Cunha, 32, sem namorado há um ano e na feira por "pura curiosidade".

Até lá, outras invencionices devem surgir.

(COLABOROU MARIANA RIOS)

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