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Concorrência faz Sem Parar reduzir preços em São Paulo

No mesmo dia em que governo oficializa nova operadora, empresa extingue taxa de adesão e reduz mensalidade

Quebra de monopólio após 11 anos deve atrair mais empresas e vai permitir serviços novos, como o pré-pago

JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

Cerca de 2,5 milhões de usuários do pagamento eletrônico de pedágio nas estradas paulistas concedidas terão redução de até metade do valor da mensalidade.

Hoje, quem opta pelo plano clássico paga R$ 66,72 pela adesão e mensalidade de R$ 11,80 -o valor vai a R$ 15,76 no plano sem taxa de adesão. A partir do dia 15, acaba a tarifa da adesão e a mensalidade cai para R$ 8.

Outra novidade será o modelo pré-pago, como nos celulares, que deve atrair mais usuários (leia texto abaixo).

A STP, que opera o Sem Parar, anunciou novos preços no dia em que o governo formalizou a entrada de uma concorrente no mercado, após 11 anos de monopólio.

A empresa pertence a vários grupos que administram rodovias no Estado, como CCR, Ecorodovias e OHL Brasil. Agora, terá a concorrência da DBTrans, controlada por sete fundos de pensão e que administra rodovias no Sul do país e no Rio, entre elas a Linha Amarela.

CONCORRÊNCIA

"Qualquer mercado que opera em regime de monopólio é prejudicial ao consumidor", afirma Marcelo Nunes, diretor comercial da DBTrans, que tem 90 dias para começar a operar em SP.

A empresa planeja cobrar adesão de R$ 57,12 e mensalidade de R$ 6 no plano pós-pago, mas segundo Nunes, esse valor pode cair, porque a partir de 2013, o Estado vai usar um chip mais barato. Quando isso ocorrer, todos os usuários terão de substituir o TAG (etiqueta eletrônica).

Nunes diz que a DBTRans tenta entrar no mercado paulista desde 2006, mas enfrentava resistência das concessionárias. "Se não fosse a intervenção da Artesp (agência de transportes do governo), isso duraria para sempre."

Segundo Karla Bertocco Trindade, diretora-geral da Artesp, a demora para abrir o mercado se deveu principalmente a limitações tecnológicas superadas em abril, com a colocação de novas antenas nas praças.

"Antes, podiam aceitar o TAG de apenas uma operadora. Agora, pode aceitar de quantas for preciso", diz ela, que prevê mais empresas no mercado.

A STP diz que a "iniciativa é resultado de dois anos de estudo de viabilização técnica, financeira e operacional, em conjunto com o governo".

A decisão de obrigar concessionárias a aceitar a concorrência foi do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pretende baratear e popularizar o sistema eletrônico.

O objetivo, segundo o governador, é alavancar o sistema de cobrança de pedágio por km rodado, a partir de 2013 -o sistema já é testado na região de Campinas.

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