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Prefeitura pretende colocar camelôs em 800 feiras livres

De acordo com secretário, vagas serão destinadas a 600 ambulantes 'do bem', incluindo deficientes e idosos

Projeto do governo para acabar com ambulantes foi concluído; últimos camelôs devem deixar as ruas até 25 de junho

SIMEI MORAIS
DO “AGORA”

A Prefeitura de São Paulo quer colocar em feiras livres 600 camelôs que perderam suas licenças neste ano.

O governo já concluiu o projeto de zerar os ambulantes na cidade, extinguindo 2.000 TPUs (termos de permissão de uso) em 2012. Os últimos vendedores a trabalhar nas ruas terão o prazo expirado no dia 25 de junho.

Os pontos nas feiras livres, porém, serão disponíveis apenas aos que tiveram os termos revogados. As licenças dos 1.400 restantes, segundo o secretário da Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, foram cassadas por irregularidades.

"Os ambulantes 'do bem' terão direito às vagas. Os outros cometeram irregularidades, a maioria, com produto ilegal", afirma.

Na medida entram deficientes e idosos (a partir de 60 anos), que devem ir ao CAT (Centro de Apoio ao Trabalhador) da Luz para realizar o cadastro.

Segundo o secretário, eles poderão pleitear 2.000 autorizações para 800 feiras.

JUROS

Reportagem do "Agora" informou ontem que as opções de emprego no CAT não ajudam efetivamente os camelôs -uma das ofertas para os deficientes e idosos era a de atuar como mãozinhas (orientadores de trânsito).

Já a linha de crédito disponível, de R$ 3.000, não seria suficiente, por exemplo, para o aluguel de um box em shopping particular.

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que cada um dos 600 ambulantes terá "atendimento personalizado".

Segundo Luiz Augusto de Souza Ferreira, presidente do conselho administrativo do banco São Paulo Confia, responsável pelo CAT, os juros da linha de crédito são de 3,9% ao mês, sem taxa de abertura.

Ele diz que, por não ser instituição financeira tradicional, como os bancos de varejo, a entidade tem de praticar taxas diferenciadas das do mercado financeiro.

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