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Mecanismo pode ainda facilitar fala de adultos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Livox, desenvolvido para pessoas que possuem dificuldades para se expressar pela fala, pode se tornar um instrumento importante para crianças como Clara e até mesmo para adultos, que sofreram, por exemplo, derrame cerebral e tiveram a fala comprometida. A avaliação é de especialistas. "Mas vale ressaltar que essa tecnologia não substitui outras formas de comunicação alternativa, mesmo as pranchas tradicionais de papel", diz Adriana Peres.

Ela é fonoaudióloga da AACD de São Paulo (Associação de Assistência à Criança Deficiente) e presidente do ramo brasileiro da ISAAC, uma sociedade internacional voltada ao estudo de formas de comunicação alternativa.

"A pessoa precisa estar capacitada para utilizar os dois recursos", diz.

"O mais importante é que ela consiga se comunicar, expressar seus sentimentos, dar suas opiniões e estar integrada socialmente."

Segundo ela, quando não existiam recursos desse tipo, muitas pessoas que não podiam falar eram vistas como tendo seu desenvolvimento cognitivo comprometido, o que em grande parte das vezes não era verdade. Adriana explica que já existem vários tipos de pranchas eletrônicas de comunicação alternativa para a compra no país. "Porém elas costumam ser muito caras, geralmente, a partir de R$ 700."

Outro problema dos aparelhos que existem hoje no mercado, segundo Adriana, é que muitos deles foram desenvolvidos por técnicos sem experiência no atendimento terapêutico, ou seja, os aparelhos não conseguem responder às necessidades práticas e individuais dos pacientes.

A médica elogia a preocupação de Carlos Pereira, pai de Clara, em desenvolver o aplicativo em diálogo com fonoaudiólogas e terapeutas ocupacionais.

"Outro fator importante", continua, "é que o sistema é todo em português".

Adriana enxerga um avanço significativo na área de comunicação alternativa, com o uso do computador e de dispositivos eletrônicos.

Com isso, ela espera que outras crianças tenham mais chances de inclusão social.

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