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Dário Bittencourt (1934-2012)

Um 'Pelé da clínica geral' em BH

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Não dava para fazer "meia medicina", dizia Dário Bittencourt. Por isso, quando achou que a saúde não mais lhe permitia exercer a profissão de forma plena, o médico e professor aposentou-se de vez.

Nascido em Argolas, em Vila Velha (ES), cresceu na capital Vitória. Jovem, mudou-se para Belo Horizonte para estudar. Em 1959, estava formado na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Assim que concluiu os estudos, tornou-se professor da instituição. No ano da formatura, casou-se com a arquiteta Merces, que também se tornaria professora da UFMG.

Com o tempo, foi conquistando respeito e reconhecimento dos alunos e da comunidade médica da cidade.

Pelo seu empenho na formação de médicos (atividade a qual se dedicou até a aposentadoria, no início dos anos 90), acabou sendo considerado um farol de várias gerações de profissionais. Alguns o chamavam até de o "Pelé da clínica geral brasileira".

Além das aulas, atendeu pacientes no Hospital das Clínicas, no da Cruz Vermelha e no Júlia Kubitschek, lembra a filha Flávia, também médica e professora da UFMG.

Segundo ela, o pai conseguia despertar no aluno o interesse pelo conhecimento e pelo "real exercício da medicina". Era sempre escolhido paraninfo pelos formandos.

É descrito como acessível, espirituoso e dono de um grande senso de observação.

Trabalhou no próprio consultório até 1998. Em casa, gostava de passar o tempo mexendo nas plantas do jardim.

Morreu no domingo (27), aos 78 anos, em decorrência de uma pneumonia. Teve quatro filhos e três netos.

coluna.obituario@uol.com.br

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