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Casal frequentava igreja na periferia e ajudava creche

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

Um homem discreto. Assim Marcos Kitano Matsunaga é descrito pelos vizinhos do edifício Roma, na Vila Leopoldina, zona oeste de SP, onde vivia em uma cobertura avaliada em R$ 1,5 milhão.

Todas as manhãs, o administrador formado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) caminhava 22 metros em direção a um mercadinho local, onde comprava pão, sempre sozinho, dizem funcionários.

Na igreja que ele frequentava, a Catedral Anglicana de São Paulo, poucos sabiam que o homem oriental que assistia à missa ao lado da mulher loira e da filha de cerca de um ano era um executivo tão importante, afirma o reverendo Aldo Quintão.

"Ele era um homem muito discreto. Nunca levou um pacote de farinha ou algo que demonstrasse que era um membro da família Yoki."

O empresário e a mulher Elize passaram a frequentar a igreja anglicana há cerca de três anos, quando se casaram. Lá batizaram a filha.

Ele era diretor executivo da Yoki, uma das maiores empresas alimentícias do Brasil e que foi vendida no mês passado por cerca de R$ 1,75 bilhão para o grupo norte-americano General Mills.

Matsunaga era divorciado -tinha outra filha de três anos do primeiro casamento- e a catedral anglicana, ao contrário da católica, aceitava a nova união religiosa.

O casal preferia frequentar a unidade da igreja na Vila Brasilândia, na periferia da zona norte, e não a da Chácara Flora, na zona sul, onde costumam ir os fiéis de maior poder aquisitivo.

Na Vila Brasilândia a igreja mantém uma creche. Os dois, segundo o reverendo, costumavam doar brinquedos para as crianças.

"Eles faziam questão de embalar e entregar pessoalmente", afirma.

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