PM parou carro de mulher com o corpo de executivo

A bacharel em direito Elize Matsunaga, 30, foi parada pela Polícia Militar Rodoviária de SP, no dia 20 de maio, quando levava em seu carro as três malas com o corpo esquartejado do marido, Marcos Matsunaga, 42, herdeiro da Yoki Alimentos e morto por ela no dia anterior.

Elize foi parada porque o carro dela, uma Pajero TR4, estava com o licenciamento vencido havia dois dias.

Os PMs foram avisados por um "radar inteligente" sobre a pendência e pararam o veículo na Rodovia Antônio Romano Schincariol, a SP-127.

Segundo a PM, a abordagem tinha o objetivo de averiguar a situação do carro e do condutor (possíveis sinais de alteração ou atitudes suspeitas).

O carro não foi revistado e Elize seguiu viagem. A multa foi aplicada na região de Capão Bonito (226 km de SP), quando Elize ia ao Paraná, onde ela jogaria as partes do corpo de Matsunaga.

Em certo trecho, Elize se arrependeu da viagem por causa da filha de um ano, voltou para São Paulo e jogou as malas em Cotia.

Às 23h53 do dia 20, Elize voltou para a cobertura do casal, na Vila Leopoldina (zona oeste de SP), onde câmeras de segurança do condomínio a flagraram sem as malas.

Elize disse que jogou as malas vazias numa caçamba na região da USP.

A faca usada no esquartejamento foi jogada perto de um shopping center na zona oeste paulistana.

Para a polícia, a morte de Matsunaga está totalmente esclarecida. Apenas a garota de programa com quem ele traía Elize será interrogada na próxima semana. A polícia investiga se Matsunaga presenteou a amante com um carro novo, blindado, de aproximadamente R$ 100 mil.

Elize confessou o crime e foi indiciada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e meio cruel) e ocultação de cadáver.

Elize e Matsunaga se conheciam desde 2004 e estavam casados havia dois anos. O executivo a conheceu quando ela trabalhava como garota de programa e atendia por meio de um site.

Ontem, a Polícia Civil informou que Elize, ao contrário do que havia sido dito pelas próprias autoridades policiais, tem 30 anos e não 38.