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Parada Gay atrai turista profissional a São Paulo

Festa reúne estrangeiros acostumados a frequentar o evento em outros países

Turistas como a holandesa Louise Warning acumulam paradas ao redor do mundo no currículo

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

A estudante holandesa Louise Warning, 24, se programou para estar em São Paulo neste domingo, quando ocorre a 16ª Parada do Orgulho LGBT, após ler que se trata da maior do mundo.

Antes, ela passou na Bahia e no Rio, mas o evento foi "a causa principal" de sua vinda ao país, e será "a cereja do bolo" de suas férias.

Homossexual, Louise já havia assistido a quatro paradas em Amsterdã, que reúnem 1 milhão de pessoas, algumas sobre barcos nos canais do centro da cidade.

No ano passado, foi à parada da Bélgica. Seu próximo passo será ir à de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Sozinha em São Paulo, está hospedada no hostel Gol Backpackers, perto da Paulista, onde já fez três amigas, que irão com ela ao evento.

Ela diz esperar ver "muitas pessoas bonitas e muita dança". "Um pouco como o Carnaval, mas com pessoas como eu. Mostraremos aos outros como somos divertidos!"

As inglesas Isabella Jackman, 22, e Hana Jadayel, 22, já viriam ao Rio de Janeiro de qualquer jeito, para estudar, mas decidiram passar antes em São Paulo só para ir à parada, quando leram sobre ela em um guia de viajantes.

Elas não são homossexuais, mas simpatizam com o evento. Isabella, aliás, vem de Brighton, cidade a 70 km de Londres conhecida como a "capital gay" da Inglaterra, onde participa das paradas.

No mesmo hostel em que estão hospedadas, o Casa Club, na Vila Madalena (região oeste), o peruano Jorge Guzman, 30, combinou com outras 25 pessoas para irem conhecer o evento.

Ele diz que fez seus primeiros amigos homossexuais em São Paulo, porque em seu país existe muito preconceito.

Também há muitos turistas de outros Estados do país, como o cearense Rafael Barros, 27, que veio pela oitava vez consecutiva à Parada de São Paulo -"inspiração" para as outras do país, diz ele.

Os donos de hostels, no entanto, dizem que o movimento foi aquém do esperado. Atribuem isso à crise econômica e ao mau tempo na cidade.

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