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Bufês alternativos ganham espaço em festas infantis

Mercado voltado para criançada vê maior procura por lugares alternativos e oferece serviços para a volta da comemoração em casa

MARINA FUENTES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ambiente fechado, brinquedos eletrônicos, música nas alturas, decoração com personagens de TV e frituras à vontade são a fórmula mais conhecida de festa de criança em bufê. O formato, porém, está em mutação.

Tão aquecido quanto o mercado de casamentos, o setor infantil tem prosperado em outras frentes: os espaços alternativos e a volta da comemoração em casa.

Com estimados 600 bufês infantis, São Paulo vive há dez anos um boom. "Vejo pelo meu próprio negócio. Comprei um bufê há seis anos na região norte e tinha apenas um concorrente. Hoje são 25", conta Simone Fialho, do corpo diretivo da Assebi (Associação das Empresas de Buffet Infantil). Ela aponta as casas "naturebas" como o último modismo.

"No começo os bufês ofereciam o básico, depois viraram miniparques, até com montanha-russa. Agora estão surgindo mais casas com brincadeiras lúdicas e comida saudável", analisa.

As novidades têm dois motivos. Alguns pais cansaram das festas impessoais dos bufês tradicionais. E há os que querem fugir dos preços nada baixinhos.

Nesta busca, a volta da festa em casa, agora um tanto mais produzida, é uma tendência. É o que diz Juliana Bajon, 34, que no fim do ano criou a Fête, especializada em eventos infantis.

Entre os eventos organizados por Juliana, está uma festa para 150 pessoas para a qual foi montada a cenografia de um circo completo, com lona, picadeiro, carrossel e artistas circenses. O custo: R$ 60 mil.

Quando a ideia é reviver as festas de antigamente, sai a figura da organizadora e entram em cena a família e os amigos. Foi o esquema que Caroline Branco Peres Klotz, 34, adotou nos três anos do filho João Paulo, cuja festa anterior ocorreu em bufê.

Para o evento, ela contratou um teatrinho, fez a maioria dos comes, deixou os docinhos por conta da cunhada e encomendou o bolo. "Ele conseguiu se envolver muito mais com os convidados, além de receber e abrir os presentes", conta ela, que estima ter gastado R$ 2.500 para cerca de 30 pessoas.

Para aqueles que não dispõem de um espaço próprio e não querem gastar com locação, aproveitar lugares públicos pode ser uma solução. Foi o caso da administradora Gabriella Gonçalves, 36, que organizou um piquenique no parque, nos dois anos do filho Luca.

"Meu único medo era o tempo. Se chovesse, avisamos no convite que a festinha seria cancelada."

BUFÊS-CONCEITO

Para quem não tem casa grande ou salão de festas -e não quer depender das condições climáticas-, há outras alternativas.

Para atender pais ávidos por outras opções, alguns estabelecimentos passaram a investir em espaços, decoração e cardápios que fogem do tradicional, como o Espaço Buticabeira, com luz natural e sem brinquedos eletrônicos e som alto.

O preço não tem nada de alternativo: uma festa completa (com comes, bebes, recreação, bolo e docinhos) de sexta a domingo, para 50 pessoas, sai por R$ 9.340.

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