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Parada Gay reúne 270 mil pessoas, afirma Datafolha

Pela primeira vez, evento teve uma medição de público de caráter científico

Organização afirma ter atraído 4 milhões, e Polícia Militar não faz estimativa; evento tem forte tom político

Simon Plestenjak/Folhapress
Participante do desfile ergue bandeira com arco-íris durante a Parada Gay na Paulista
Participante do desfile ergue bandeira com arco-íris durante a Parada Gay na Paulista

EVANDRO SPINELLI
CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

A 16ª edição da Parada Gay de São Paulo, um dos principais eventos turísticos da cidade, reuniu ontem 270 mil pessoas, de acordo com o Datafolha -65 mil delas fizeram o percurso inteiro do evento.

Pela primeira vez na história, a manifestação teve uma medição de público com caráter científico. O Datafolha inaugurou o método em maio na 28ª Caminhada da Ressurreição, procissão católica por ruas da zona leste da capital.

Segundo o instituto, nenhum evento similar no mundo tem medição científica de público. Em alguns países, ele é estimado a partir do lixo produzido. Em outros, pela concentração de pessoas ao longo da parada -este método, no entanto, não leva em conta o público flutuante.

A organização e a Polícia Militar não divulgaram estimativas. Ao fim do evento, porém, o trio elétrico da diretoria da Associação da Parada do Orgulho GLBT anunciou que "com certeza" o ato atingiu público de 4 milhões.

A parada saiu do Masp às 13h40, após a execução do hino nacional e discursos da senadora Marta Suplicy (PT) e Fernando Quaresma, presidente da associação. O último trio chegou à praça Roosevelt, no centro, às 18h13.

Com o tema "Homofobia tem Cura: Educação e Criminalização", a parada deste ano teve forte tom político. O público pedia a aprovação de um projeto de lei que criminaliza a homofobia e que tramita no Senado há seis anos.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD) foram à abertura da parada. Dos pré-candidatos a prefeito, compareceram Soninha Francine (PPS), Carlos Giannazi (PSOL) e Celso Russomanno (PRB).

Uma das marcas do evento foi o alto consumo de vinho químico -uma bebida ilegal, com altíssimo teor alcoólico-, vendido por R$ 5 a R$ 10 a garrafa. Só na Paulista, primeiro trecho da parada, foram apreendidos 178 litros do produto, de acordo com balanço parcial da Guarda Civil Metropolitana.

Também foram apreendidos pelos guardas municipais, até as 20h de ontem, nove carrinhos de ambulantes, 2.379 cervejas, 670 refrigerantes e 30 quilos de churrasco, além de uma churrasqueira, entre outros itens.

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