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Paschoal Di Ciero Filho (1942-2012)

Um psicanalista, poeta e contista

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Os médicos o chamaram de Fênix, como conta a família, por causa de sua capacidade de "renascer". Paschoal Di Ciero Filho passou por quatro cirurgias cardíacas, duas renais e várias internações em UTI. Continuou clinicando e dando aulas mesmo com um câncer em estágio avançado.

Nasceu em Itu, a 101 km da capital paulista. Filho único de uma dona de casa, perdeu o pai, empresário, com apenas oito anos. Aos 18, decidiu vir a São Paulo para estudar.

Formou-se em psicologia na Universidade de São Paulo -de onde se tornaria professor do curso de pós-graduação- e foi psicanalista efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

Descrito como muito culto, adorava ópera e cinema -especialmente musicais e as obras dos italianos Federico Fellini e Luchino Visconti.

Também gostava de participar de oficinas literárias. Chegou a lançar dois livros: um de poesia ("Primavera Fenecida", 2003) e outro de contos ("O Anjo Banal", 1999).

Em 1997, recebeu menção honrosa num concurso de contos realizado pela UBE (União Brasileira de Escritores) do Rio. Também ganhou prêmios com alguns poemas.

Estava casado havia 33 anos com Maria Eugênia, decoradora, com quem teve a filha, Helena, também psicanalista, e o neto, Francisco.

Segundo a filha, o pai era uma pessoa doce e carinhosa.

Morreu no sábado (2), aos 69 anos, em decorrência do câncer descoberto há dois anos. A missa do sétimo dia será realizada hoje, às 18h, na igreja Nossa Senhora Mãe da Igreja, em São Paulo.

Foi enterrado em Itu, como desejava, junto da mãe.

coluna.obituario@uol.com.br

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