Botão de pânico não evita arrastão em bar nos Jardins

Nem botão de pânico nem seguranças à paisana evitaram um arrastão no bar Balcão, tradicional ponto da boemia no coração dos Jardins, na zona oeste paulistana.

Por volta da 1h de ontem, cinco homens armados invadiram o local, renderam funcionários e obrigaram pelo menos 12 clientes a entregarem bolsas, carteiras, cartões bancários, celulares, um notebook e dinheiro -além de R$ 1.170, os ladrões fugiram levando cerca de 200 euros e US$ 100.

Este é o 16º arrastão em bares e restaurantes registrado na cidade neste ano.

Segundo o gerente do bar, Marcelo Rocha, dois criminosos entraram pela porta de serviço enquanto outros três entraram pela frente, e agrediram com chutes e coronhadas o garçom que se preparava para fechar a porta.

Aos gritos, a quadrilha ficou cerca de cinco minutos no bar para recolher pertences dos clientes e os cerca de R$ 200 que estavam no caixa.

MÃOS NA CABEÇA

O publicitário Thiago Guedes Hackradt, 31, disse que tomava chope no bar Balcão com um amigo quando um dos ladrões, armado, ordenou que todos deixassem dinheiro e celulares sobre as mesas e que mantivessem as mãos na cabeça.

Após recolherem tudo, fugiram pela rua Melo Alves. Até a noite de ontem, não havia pista dos criminosos.

O dono do bar, Francisco Millan, 56, disse que há botão de pânico no local. Um funcionário acionou o dispositivo, mas não atendeu a ligação telefônica da empresa de segurança para confirmar a emergência, por medo.

O bar não tem câmeras. "Mas os criminosos não se intimidam mais com isso. Eles entram e saem tranquilamente", disse Millan.

Segundo ele, há 18 anos - quando o bar foi fundado- não havia registro de crimes. "Teve um caso só, pouco depois que eu abri o bar", afirmou o empresário.

"Eu achava que podia ficar fora dessa [onda de assaltos a restaurantes]." Na última sexta, o alvo foi a cantina italiana Gigio no bairro do Brás.