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Mário Ferrarini (1914-2012)

Um coronel da polícia e advogado

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Havia uma frase que Mário Ferrarini vivia repetindo nos batalhões que comandava: "A missão do policial é sempre servir a população". Falava com os "erres" bem pronunciados, como conta a família.

Ele chegou ao mais alto posto da Polícia Militar, o de coronel, e foi professor de direito penal da Academia de Polícia, na capital paulista.

Natural de São José do Rio Pardo (SP), saiu de sua cidade para vir estudar na Escola de Oficiais da Força Pública.

Primogênito de seis irmãos -e único filho homem-, desde cedo adquiriu um forte sentido de responsabilidade.

Em 1947, formou-se em direito na USP, mas só atuaria plenamente como advogado depois de se aposentar na corporação, na década de 60.

No mesmo ano de sua formatura, casou-se com Ilka, cuja irmã era mulher de um amigo seu da polícia. Ao se aposentar, foi nomeado diretor da Caixa Beneficente da PM, onde ficou conhecido como a pessoa que resolvia os problemas mais complicados.

É descrito como muito ponderado e correto. Segundo a família, trabalho era sua palavra de ordem. Reclamava dos dias "improdutivos", mesmo que fossem domingos.

Adorava seu sítio no interior, onde plantou árvores e cuidou dos passarinhos. Não permitia que estacionassem debaixo de uma árvore quando nela havia algum ninho.

Morreu na sexta (8), aos 97, de causas naturais, segundo a família. Teve quatro filhos, cinco netos e quatro bisnetos. Genro e neto estão tocando seu escritório de advocacia.

A missa do sétimo dia será amanhã, às 19h30, na igreja São João Bosco, na rua Cerro Corá, 2.101, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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