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Caminhão com maconha bate em van e mata 15

Acidente ocorreu perto de aldeia no Paraná; parte da carga foi saqueada pelos índios

LUIZ CARLOS DA CRUZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CASCAVEL (PR)

Um acidente entre uma van e um caminhão que transportava 497 kg de maconha, escondidos no meio de uma carga de madeira, provocou a morte de 15 pessoas na madrugada de ontem na BR-277, em Nova Laranjeiras (386 km de Curitiba).

O acidente aconteceu nas proximidades da aldeia indígena Rio das Cobras. Segundo a polícia, parte da carga foi saqueada pelos índios, mas recuperada à tarde.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhão invadiu a pista contrária e bateu de frente na van.

Dos 15 mortos, 14 eram passageiros da van. O outro era o motorista do caminhão, José Antonio Temoteo, 43.

Outras duas pessoas ficaram feridas e foram levadas ao Hospital São Vicente de Paulo, em Guarapuava.

Uma delas, um adolescente de 15 anos, está internado em estado grave e corre risco de morrer. Um rapaz de 25 anos também está hospitalizado, mas fora de perigo.

NO CHÃO

A falta de estrutura do IML (Instituto Médico Legal) de Cascavel, para onde os corpos foram levados, obrigou os funcionários a deixar vários corpos no chão, dentro de caixotes. O local tem apenas cinco mesas para necropsia.

Até o final da tarde, 12 vítimas haviam sido identificadas oficialmente.

O grupo que estava na van viajava com frequência ao Paraguai para fazer compras, que seriam revendidas na região de Ponta Grossa.

O porteiro Mauro Alves Gonzaga, 43, morador de Irati, viajou a Cascavel para reconhecer o corpo do filho Jonathan Alves Gonzaga, 20. "Pensei que ele tivesse apenas esfolado a perna", disse.

O rapaz, que trabalhava como técnico de informática, viajava ao Paraguai havia seis meses para fazer compras e revender para amigos.

"A mãe dele vivia pedindo para parar com isso, justamente por causa dos riscos da estrada", contou o pai.

Bruno Marthiel Favarin Silva, 25, estudante de medicina e morador de Ponta Grossa, reconheceu os corpos dos pais, Mizael Oliveira Silva e Maria Ivonete Favarin Silva, de 48 anos.

Ele conta que os dois revendiam produtos do Paraguai para ajudar a pagar os estudos dele.

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