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Nevoeiro cobre cidade e fecha Congonhas

Aeroporto ficou sem pousos na manhã e na noite de ontem; companhias aéreas preveem mais problemas para hoje

Mais de 70 voos foram cancelados e aeronaves acabaram desviadas para outros aeroportos, como o de Campinas

DE SÃO PAULO

Após fechar o aeroporto de Congonhas para pousos entre as 6h e as 8h45 de ontem, impedindo o pouso de ao menos 35 aviões, o nevoeiro que vem encobrindo São Paulo voltou a agir na noite de ontem.

Como resultado, Congonhas voltou a fechar por volta das 18h40 para pousos, e não abriu mais, causando transtorno aos passageiros. Ao menos 40 voos foram afetados, deixando os saguões cheios.

Aeronaves foram alternadas para outros aeroportos, principalmente o de Campinas. Congonhas fecha às 23h.

As companhias já trabalhavam com a possibilidade de mais transtornos na manhã de hoje. Isso porque, segundo elas, o nevoeiro deve continuar até as 9h, e também porque, com o fechamento na noite de ontem, os aviões não conseguiram pousar no aeroporto.

A TAM cancelou todos os seus voos com saída de Congonhas (cerca de 20) e pediu para os passageiros que procurassem os balcões, que ficaram abarrotados. A Gol também cancelou suas partidas.

Na loja da TAM, uma mulher berrava repetidamente: "Eu preciso estar em Belo Horizonte às 9h". Ela faria uma prova em uma universidade.

Até as 19h, seis em cada dez voos haviam atrasado, segundo a Infraero (estatal responsável pelo aeroporto).

De manhã, os atrasos aconteceram pelo fechamento, mas não só por ele: quando Congonhas reabriu, havia apenas duas aeronaves no pátio. As demais não puderam chegar e ficaram retidas na origem.

A abertura para aterrissagens fez faltar espaço no pátio para os aviões estacionarem. Eles tiveram que esperar por vaga na pista auxiliar.

NEBLINA

Nevoeiros são raros em Congonhas. Em 2011, o aeroporto não fechou uma única vez por essa razão.

Segundo a Somar Meteorologia, em um dia claro Congonhas tem 10 km de visibilidade. Durante a madrugada, com a neblina, ela caiu para menos de 1.000 m, até chegar aos 100 m, às 6h.

Olívia Nunes, meteorologista da Somar, diz que o nevoeiro durou das 23h de anteontem às 11h de ontem. O pico foi da meia-noite às 9h.

A causa, segundo ela, foi a associação de umidade alta, vento fraco e temperatura baixa. Não havia força para o nevoeiro se dispersar.

É improvável que o fenômeno se repita hoje na mesma intensidade, diz Olívia.

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