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Polícia apura se executivo da Yoki foi degolado vivo

Elize, que confessou o crime, afirmou que atirou primeiro na cabeça de seu marido

Laudo vê sinais de que Marcos Matsunaga, baleado na cabeça, não estava morto quando mulher o esquartejou

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO
DO “AGORA”

A Polícia Civil investiga se o executivo Marcos Matsunaga, 42, foi decapitado pela mulher, Elize Matsunaga, 30, ainda vivo, quando agonizava após ter sido baleado com um tiro de pistola na cabeça.

No laudo necroscópico do executivo consta como causa da morte "choque traumático (traumatismo craniano) associado à asfixia respiratória por sangue aspirado devido à decapitação".

Por causa da suspeita, os policiais ainda aguardam os laudos da reprodução simulada do crime para entender como Matsunaga foi morto por Elize, que confessou o crime, segundo seus advogados de defesa e polícia.

No mesmo laudo também consta que o disparo de pistola 380 de Elize contra o marido "foi de característica do tipo encostado", ou seja, à queima roupa, "da esquerda para a direita, de cima para baixo e de frente para trás".

Elize disse à polícia que atirou em Matsunaga na noite de 19 de maio, depois de uma discussão motivada pelo fato de ela ter descoberto que ele a traía com uma garota de programa chamada Natália.

Para os policiais, a trajetória do tiro mostra que Matsunaga não estava em pé quando foi baleado por Elize.

Isso coloca em dúvida se o executivo agrediu a mulher com um tapa no rosto, como ela disse em depoimento.

Procurado ontem para se manifestar sobre Elize ter degolado Matsunaga quando ele ainda estava vivo, o defensor da suspeita, Luciano Santoro, disse que não iria falar porque não teve acesso aos laudos da morte.

O inquérito policial em que Elize foi indiciada pela Polícia Civil por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e meio cruel) e ocultação de cadáver foi entregue na manhã de ontem à Justiça em Cotia (Grande São Paulo), onde as partes do corpo de Matsunaga foram jogadas.

Há, ainda, a chance de o processo, que será iniciado nos próximos dias, ser transferido de Cotia para o 5º Tribunal do Júri de São Paulo porque Matsunaga foi morto no apartamento onde vivia com a mulher e a filha de um ano, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo).

Matsunaga era um dos herdeiros da Yoki Alimentos, uma das maiores empresas alimentícias do Brasil, vendida recentemente para um grupo norte-americano por R$ 1,75 bilhão.

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