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Foco

Excursão leva visitantes para conhecer empresas "tóxicas"

LAURA CAPRIGLIONE
ENVIADA AO RIO

O ônibus fretado saiu lotado do largo da Carioca, centro do Rio, cheio de militantes ambientalistas. A turma, entretanto, não se dirigia a nenhum dos endereços estrelados da Rio+20, mas sim ao paupérrimo bairro carioca de Santa Cruz, debruçado na Baía de Sepetiba, zona oeste da cidade. Objetivo: participar de um passeio insólito, a Rio+Tóxico.

A ideia era mostrar que, a poucos quilômetros de onde os chefes de Estado se reunirão na Rio+20, encontram-se, como eles chamam, verdadeiros "infernos ambientais".

No passeio de ontem, o foco foi a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), uma siderúrgica que entrou em operação em 2010.

PÓ DE BRILHO

Segundo o Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul, que organizou a excursão, a TKCSA despeja no ar partículas de ferro-gusa com toneladas de gás carbônico.

"Todo dia a gente tem aqui o derrame do pó de brilho", contou Maria Julia Barreto, 62, a um grupo de "turistas ambientais" franceses.

"Pó de brilho" é como os locais chamam a poeira que, segundo eles, sai da siderúrgica. O brilho é do ferro.

Vários vizinhos relataram que o pó compromete os pulmões. "Fora a destruição da Baía de Sepetiba", contou o pescador Ozeas Marinho, 81.

A ThyssenKrupp nega que haja problema com as emissões de sua siderúrgica.

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