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Dados do IBGE revelam os extremos de SP

No centro estão, por exemplo, alguns dos distritos com mais lixo nas ruas e outros que são os mais arborizados

Em 2010, região da Sé estava entre as que tinham mais lixo nas ruas; Jardim Paulista
é o mais verde

PEDRO SOARES
DO RIO
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

São Paulo, a maior metrópole do país, tem em algumas áreas da cidade indicadores comparáveis aos das áreas menos desenvolvidas das regiões Norte e Nordeste do Brasil, reflexo do não planejado crescimento urbano.

Mais carentes e afastados do centro, os distritos do extremo sul de SP tinham, em 2010, os piores resultados, segundo dados inéditos do Censo 2010 obtidos pela Folha.

Em 39,4% das ruas de Parelheiros, por exemplo, o esgoto corria a céu aberto. A média do país é de 11%, e do Nordeste, 26,3%.

Mas mesmo em áreas centrais e de ocupação mais antiga como Bom Retiro e Sé os problemas eram visíveis aos olhos dos técnicos do IBGE. Nesses dois distritos, o lixo estava exposto em 14,9% e 10,9%, respectivamente, das vias públicas, mais uma vez acima da média do país (5%).

Para Wagner Silveira, técnico do IBGE, as duas áreas são pouco habitadas, mas concentram muitos pontos comerciais, que espalham lixo. Para esses locais, diz, a coleta e a varrição teriam de ser mais frequentes (leia ao lado). "Se há lixo na rua, é um sinal que falta planejamento."

Nos demais indicadores (iluminação, calçada, rampa de acesso a cadeirante, arborização e outros), os dados relevam o que se imagina e observa: os bairros mais periféricos e pobres tinham situação pior do que os mais centrais e mais ricos.

ACESSO

Algumas curiosidades, porém, foram observadas. Apesar de estar quase sempre entre os piores, Marsilac, no extremo sul, não tinha nenhuma rua com lixo espalhado.

Próximo ao centro, o bairro do Limão era o com menor arborização das ruas. Mas nem mesmo o Jardim Paulista, no topo do ranking, tinha árvores em todos as quadras.

Dentre todos os serviços e equipamentos pesquisados pelo IBGE, as rampas para cadeirantes eram as menos presentes: a maior frequência foi notada nas quadras da Consolação (82,5%).

Segundo Silveira, as rampas "seguem" o caminho do metrô: onde há estações, a acessibilidade é melhor.

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