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Direção do Higienópolis diz estar 'perplexa'

Novos administradores do empreendimento afirmam que contrato com estacionamentos externos é regular

Nova direção assumiu no final de 2011 e diz que há manobristas para levar carros a outros estacionamentos

ROGÉRIO PAGNAN
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

A nova direção do shopping Pátio Higienópolis informou ontem que os sócios e lojistas "estão surpresos e perplexos" com as denúncias de irregularidades envolvendo o local, que corre o risco de ter o alvará de funcionamento cassado pela prefeitura.

Por meio de nota, o shopping afirma que o contrato com as garagens externas foi "celebrado de forma legítima e na melhor forma do direito."

Na semana passada, Daniela Gonzalez, ex-executiva da BGE, braço da Brookfield que administrava o shopping até o final de 2111, disse à Folha que o empreendimento forneceu, em 2008, documento falso à prefeitura atestando o número de vagas.

O contrato foi aceito mediante pagamento de propina, segundo a ex-executiva. A BGE nega as irregularidades.

Pelo documento, o shopping teria, além das 1.524 vagas no local, outras 470 em dois outros estacionamentos.

O papel, que segundo Daniela é falso, venceu em 2011. Após fiscalização da prefeitura na sexta, o shopping apresentou novo contrato, assinado naquele dia, renovando o convênio com as empresas.

Uma delas fica a um quilômetro do shopping.

"Inexiste qualquer ilegalidade no fato de as vagas distarem mais de 200 metros do Higienópolis, uma vez que há manobristas à disposição para levar os carros da clientela até lá e buscá-los."

Questionado se os manobristas já estão à disposição, o shopping informou que "o contrato com o estacionamento terceirizado foi renovado na semana passada". "Logo, o sistema está habilitado e funcionará na medida em que for necessário."

Ontem, porém, a Folha esteve no shopping entre as 17h30 e 18h e conversou com três funcionários ligados ao estacionamento. Todos disseram que desconhecem o serviço.

Já nas garagens conveniadas (na rua Itacolomi, 682, e Maranhão, 371), a informação é que não há convênio.

Foi a primeira manifestação da nova administração que assumiu o Higienópolis no final de 2011 no lugar da BGE, do grupo Brookfield.

NOVA DIREÇÃO

A nova direção é ligada aos sócios detentores de 70% do empreendimento (Agropart, Art Walk, Braz Empreendimentos, Fundação Conrado Wessel, Niko Participações e Rio Bravo). Os outros 30% continuam com a Brookfield.

"Os lojistas, sócios e administradores não têm qualquer compromisso com eventuais erros cometidos no passado por terceiros", diz a nota.

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