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Homicídio sobe pelo 3º mês em São Paulo

Dados da capital vão na contramão do Estado, que registrou queda nos casos de assassinatos em maio deste ano

Em maio, capital paulista registrou 21% mais homicídios do que em 2011; latrocínios e roubo a banco caíram

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Pelo terceiro mês consecutivo neste ano, a capital paulista registrou um aumento na quantidade de homicídios dolosos, que é quando há a intenção de matar.

Comparando maio deste ano com o mesmo mês do ano passado, houve 21% mais registros de assassinatos.

Foram 102 casos (com 107 vítimas) em maio deste ano, contra 84 registros (com 93 vítimas) em maio de 2011. Mesmo ocorrências em que há mais de uma vítima, a polícia registra como um caso, pois a investigação é uma só.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2012 o aumento foi de 16% (veja quadro ao lado). Os dados constam do balanço mensal divulgado ontem pela Secretaria da Segurança Pública.

O Estado como um todo apresentou uma redução de 3,2% no mês passado e um aumento de 4,8% entre janeiro e maio. Essa elevação foi puxada principalmente pela capital paulista, que registrou quase 4 em cada 10 casos de homicídios em São Paulo.

A Secretaria da Segurança Pública, por intermédio do delegado-geral Marcos Carneiro Lima, justificou o aumento como algo natural, que está dentro da margem aceitável, levando em conta o tamanho da população.

Outro dado que chamou a atenção foi o aumento dos casos de roubos de veículos. Em maio, o aumento foi de 28% na capital e de 24% no Estado. Em 2012, foram roubados em média 253 automóveis por dia em São Paulo.

Para o coordenador da Comissão de Justiça e Segurança do IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), Renato De Vitto, o recrudescimento da violência demonstra uma falha no planejamento do policiamento.

"Se analisarmos os dados observando os locais onde aconteceram os crimes, vamos notar que determinadas regiões precisam melhorar o policiamento", afirmou.

Ele diz, porém, que é preciso analisar uma série de registros mais longa para ver se há tendência de aumento.

"Em qualquer região urbana em que há uma grande concentração de pessoas haverá violência. Isso sempre preocupa. Mas, friamente, essas oscilações são naturais."

Em maio, houve queda nos casos de latrocínio e de roubo a banco.

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