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Criminosos ateiam fogo em mais três ônibus em São Paulo

Desde o dia 13, cinco coletivos foram queimados e oito PMs, mortos

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Mais três ônibus foram queimados em São Paulo -dois anteontem e um ontem à noite. A polícia investiga se os dois casos de domingo têm ligação com as mortes de PMs de folga ocorridas nos últimos dias, mas ainda não há detalhes sobre o caso de ontem.

Desde a última sexta-feira, os cerca de 100 mil PMs do Estado estão em alerta. Tanto os ônibus queimados quanto as mortes de PMs são investigados como retaliação do grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital).

Com os três ônibus incendiados desde domingo - um em Guarulhos (Grande São Paulo), outro no Jardim Ângela (zona sul) e o terceiro, ontem, no Jardim Tietê (zona leste)- são cinco os coletivos atacados desde o dia 13. Os outros dois foram em São Vicente (litoral) e Diadema (ABC). Até a conclusão desta edição, ninguém havia sido preso.

Em todos os casos, criminosos pararam os veículos, obrigaram passageiros e funcionários a desembarcar e atearam fogo nos coletivos.

Entre os dias 13 e 24, oito PMs foram mortos em São Paulo fora do horário de trabalho. Em seis casos, havia indícios de crime encomendado.

Nos outros dois crimes as mortes têm indicação de que ocorreram quando os PMs tentavam evitar roubos.

Apenas um suspeito, pela morte do PM Osmar Santos Ferreira, 31, foi preso.

A polícia também apura se as mortes são retaliação contra uma ação da Rota em maio, que matou seis na zona leste. Um dos mortos, Anderson Minhano, foi preso, torturado e baleado em uma rodovia.

Existe, ainda, uma suspeita de que a transferência de Roberto Soriano, um dos chefes do PCC, para o presídio de Presidente Bernardes tenha relação com os ataques.

Colaborou Eduardo Anizelli

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