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Projeto anunciado como novo existe há 3 anos

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Anunciado como a novidade para conter a onda de arrastões a condomínios e a restaurantes na capital paulista (já foram 42 casos neste ano), o projeto Vizinhança Solidária, na prática, não tem nada de novo. Ele já existe na cidade há três anos em 27 prédios de cinco ruas do Itaim Bibi, bairro nobre da zona oeste.

O programa foi implantado em 2009 por síndicos, moradores e policiais do 23º Batalhão da Polícia Militar, que temiam o aumento da violência. Ontem, porém, a PM apresentou o projeto para um público de 90 pessoas durante uma reunião no Itaim Bibi.

No atual formato, esses condomínios utilizam rádios comunicadores para informar a presença de suspeitos na região e também para avisar de qualquer eventualidade. Além disso, duas vezes por ano policiais dão palestras sobre segurança a funcionários de prédios.

Cinco moradores da região confirmaram à Folha que a proposta já estava em funcionamento. Nenhum deles quis ter seu nome divulgado porque temem sofrer retaliação.

O comandante do 23º Batalhão da PM, o tenente-coronel Walmir Martini, admitiu que o anúncio feito pelo governo na semana retrasada, como sendo um projeto inédito na cidade, foi um equívoco. Na ocasião, a informação era de que a proposta era a réplica de um programa em funcionamento em Santo André (Grande São Paulo).

"Realmente o projeto existe, mas ele é restrito. Agora, vamos ampliar para os outros prédios e comércios que quiserem aderir", afirmou.

Ontem, os participantes da reunião fizeram um cadastro com a PM. Na próxima semana, os interessados receberão a visita de policiais que farão um laudo de risco do local, com sugestões para implementar a segurança. Não há previsão de quando o projeto chegará a outros bairros.

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