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Gripe A mata mais do que em 2011 no país

De acordo com dados do Ministério da Saúde, 51 pessoas morreram até junho, contra 27 em todo o ano passado

No Estado, são 11 mortes, quase o triplo do registrado em 2011; Secretaria da Saúde diz que situação é normal

WOLFGANG PISTORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

Em apenas seis meses, o Estado e o país já têm mais mortes provocadas pela gripe A, causada pelo vírus H1N1, do que em todo o ano passado.

São Paulo já teve 53 casos registrados neste ano, com 11 óbitos. No país, são 449 confirmações e 51 mortes, de acordo com dados até este mês.

Em 2011, foram 26 casos e quatro óbitos no Estado. No país, as mortes foram 27 -o Ministério da Saúde não informou o número de casos.

Os dados deste ano estão longe dos números da pandemia de 2009, quando 578 pessoas morreram, mas, segundo especialistas, é preciso atenção à situação, já que o inverno está apenas começando. No ano passado, todas as mortes ocorreram no segundo semestre.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe acabou no início do mês, mas algumas cidades do Estado têm estoque de vacinas por não terem atingido a meta proposta pela Secretaria da Saúde.

Na região de São José do Rio Preto (a 438 km de São Paulo), por exemplo, 30% do total esperado de grávidas, crianças e idosos -população mais vulnerável- ainda não foi vacinado. A cidade, já teve duas mortes em 2012.

Para o docente de infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu Carlos Magno Fortaleza, os dados mostram que as autoridades não podem relaxar. "É necessário tomar esses números como um alarme."

Segundo o infectologista e diretor do Instituto Emílio Ribas, David Uip, a situação pode estar ainda pior. "Cerca de 90% das pessoas infectadas não procuram o médico e não entram na estatística", diz.

Há ainda uma defasagem na contagem dos dados. Enquanto o Ministério da Saúde diz que são 51 mortes no país, os três Estados do Sul, por exemplo, já contam 57.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que a situação é normal e que o vírus é sazonal. O Ministério da Saúde diz que não há motivo para alarde (leia texto ao lado).

PARANÁ

Uma escola de Capitão Leônidas Marques (a 460 km de Curitiba) antecipou as férias escolares de julho depois que uma estudante de 16 anos morreu após contrair gripe A. Outros quatro alunos foram contaminados pelo vírus H1N1, causador da doença.

Para as secretarias de Saúde e de Educação do Paraná, a medida tomada pela escola é desnecessária.

Colaborou LUIZ CARLOS DA CRUZ, de Cascavel (PR)

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