Só metade dos valets de São Paulo já pediu cupom de fiscalização

A partir de domingo, todos os serviços de valet de São Paulo deverão apresentar cupons de estacionamento emitidos pela prefeitura, aos moldes do talão de Zona Azul.

Eles tiveram um mês para solicitar a impressão gratuita dos talões, que leva 14 dias, e começarão a ser fiscalizados a partir de segunda.

No entanto, dos 900 valets cadastrados na Secretaria Municipal de Finanças, apenas metade já fez o pedido.

Isso significa que centenas devem estar irregulares no primeiro dia de validade da nova lei. Caso sejam flagrados, vão arcar com multa de R$ 639 por veículo, que pode ser dividida com o estabelecimento que contratou o valet.

O principal objetivo da secretaria é arrecadar impostos de um setor que é tomado pela informalidade. Estima-se que R$ 100 milhões ao ano do ISS (Imposto Sobre Serviço), hoje sonegados, sejam recuperados aos cofres públicos.

Para os clientes, é uma garantia de que o serviço é legalizado e tem que cumprir as regras municipais -a mais importante diz que os carros não podem ser deixados nas ruas.

Embora não seja possível garantir que o valet que obtiver o talão não vai parar o carro na rua, o secretário de Finanças, Mauro Ricardo Costa, afirma que a fiscalização tributária ajuda a coibir essas irregularidades, porque seus 545 fiscais vão verificar onde os carros estão sendo parados e notificar as subprefeituras em caso de problemas.

Os motoristas também podem denunciar a falta do cupom no site da Nota Fiscal Paulistana (nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br) - que, só agora, criou um sistema de reclamação para cidadãos.

Costa também defende que o cupom funciona como um documento hábil para registrar uma reclamação formal, já que hoje nem todos os valets entregam algum comprovante que os identifiquem.