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Empresa cancela viagem a Cancún e frustra festa de grupo de formandos

Adolescentes que embarcariam para o México só foram avisados pela agência no aeroporto

Empresa diz que não havia vagas para as cerca de 160 pessoas em hotel; polícia registra caso como estelionato

Eduardo Anizelli/Folhapress
Jovens reclamam com funcionário da agência Trip & Fun em Guarulhos após terem a viagem de formatura cancelada
Jovens reclamam com funcionário da agência Trip & Fun em Guarulhos após terem a viagem de formatura cancelada

DE SÃO PAULO

O sonho da viagem de formatura para as praias de Cancún, no México, acabou virando frustração coletiva de cerca de 160 adolescentes do interior e da Grande São Paulo na madrugada de ontem.

Pelo menos 46 deles souberam só no aeroporto de Guarulhos que o embarque havia sido cancelado pela agência de turismo Trip & Fun. E pela segunda vez.

A viagem, marcada para sexta-feira, foi cancelada pela empresa e remarcada para a madrugada de ontem. Só que foi cancelada de novo.

A empresa afirmou à Folha que o voo pela companhia aérea Whitejets estava confirmado, porém não havia vagas suficientes no resort Krystal Cancún, onde todos ficariam hospedados. Por isso, disse ela, a viagem foi cancelada e será remarcada.

Muitos formandos pagavam a viagem (R$ 6.000) desde o ano passado. Agora, a maioria quer que a empresa devolva o dinheiro.

Formandos do ABC souberam do cancelamento no domingo. Com isso, não passaram nervoso em Cumbica. Eles registraram queixa policial contra a empresa ontem, em São Bernardo do Campo.

Eles dizem que só souberam do cancelamento porque um dos pais foi avisado.

A polícia abriu investigação para apurar crime de estelionato, após 20 pais de alunos de colégios particulares do ABC registrarem queixa.

FRUSTRAÇÃO

A empresária Solange Machado Magon, 38, foi uma delas. "Ligaram no celular da minha filha, que é menor de idade, para avisar. A empresa deveria comunicar formalmente aos pais. Nos sentimos lesados e frustrados", disse.

"Minha filha só chora. Não dá para colocar uma adolescente sob a responsabilidade de uma empresa que age assim", afirmou o gerente de sistemas Ricardo Portela, 45.

Uma aluna não conteve sua irritação. "Passei o ano inteiro cuidando de visto, indo a cartórios para conseguir autorização para viajar sozinha e aquela expectativa toda acaba nisso?", questionou Fernanda Ribeiro, 17.

Pior foi para quem veio de Botucatu, Jaú, São Manuel, Limeira e Bauru, que viajaram até cinco horas para chegar ao aeroporto. Caso da estudante Carolina Lopes,18, de Botucatu. "Foi muito desagradável. Não quero mais viajar."

(GIBA BERGAMIM JR., ANDRÉ MONTEIRO E MARTHA ALVES)

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