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Vacina da gripe A acaba em clínicas privadas

Centros de imunização do Santa Joana, Sírio-Libanês e Albert Einstein, por exemplo, já não têm mais as doses

Nos postos de saúde da cidade de São Paulo, há vacinas sobrando da campanha iniciada no último outono

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

O estoque de vacina contra o vírus da gripe A (H1N1) já acabou ou está no limite nas clínicas privadas do país.

Em São Paulo, ela acabou em alguns lugares como os centros de imunização de hospitais privados. Santa Joana, Sírio-Libanês e Albert Einstein não têm mais doses.

"É possível que em dez dias acabem as doses do setor privado. Novos lotes poderão chegar, mas em pequenas quantidades", afirma Ricardo Cunha, médico responsável pelo setor de vacina do laboratório Delboni. "Nós também temos poucas doses."

O problema ocorre devido a dois fatores, de acordo com o que a Folha apurou.

Nos Estados da região Sul, onde 57 pessoas morreram até junho, segundo dados estaduais, a procura pela vacina atingiu níveis inesperados. "A nossa clínica em Porto Alegre, que aplicava uma média de 150 doses ao dia em anos anteriores, passou para 1.500 agora", diz Cunha.

A expectativa do setor privado era que as mais de 5 milhões de doses compradas de quatro fabricantes internacionais durassem até setembro.

A programação é feita com base no histórico das doses vendidas em anos anteriores.

"Vacina não é algo que dá para fazer apenas apertando o botão da máquina. Requer um planejamento. Em outubro deste ano começam a ser feitas as vacinas do ano que vem", diz Cunha.

Apesar do fim iminente das doses, o médico diz que não há motivo para alarde. "A gripe sempre causou mortes. Mas agora, o diagnóstico e a preocupação estão maiores."

Sem a vacina, diz Cunha, o importante é continuar com todos os cuidados contra a doença. "Evitar aglomerações, lavar bem as mãos e ter boa higiene" ajudam a diminuir a circulação do vírus durante o inverno.

SÃO PAULO

Em São Paulo, afirma a Secretaria Municipal da Saúde, há doses sobrando da campanha iniciada no outono.

Mas apenas o público-alvo é imunizado nos postos públicos: crianças entre seis meses e dois anos, mulheres grávidas, idosos e profissionais do setor de saúde.

Números da prefeitura mostram que menos de 80% das pessoas nesses grupos foram vacinadas em 2012.

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