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Quadrilha sequestra família de vigilante para atacar carro-forte Grupo ainda amarrou falsa bomba na perna do rapaz para obrigá-lo a cooperar na ação em rodovia Criminosos usaram dois caminhões para bloquear o veículo, mas fugiram sem conseguir levar o dinheiro
DE SÃO PAULO Uma quadrilha sequestrou uma família, amarrou uma bomba falsa à perna de um vigilante, obrigou-o a render seus colegas e incendiou um caminhão. Tudo isso para tentar assaltar um carro-forte na região de Campinas, ontem, e sair sem levar nada. Os criminosos fugiram irritados porque a porta do carro-forte se fechou -após já ter sido aberta- e não pôde ser reaberta pelo lado de fora. Segundo a polícia, um vigilante da empresa de transporte de valores foi rendido na noite de anteontem e levado para casa. Lá, o grupo fez refém sua mulher e seu filho, uma criança. Amarrou na canela do rapaz uma suposta bomba e lhe disse o que tinha de fazer na manhã seguinte. O carro-forte tomou a estrada às 8h45. Como ordenou a quadrilha, o homem foi trabalhar normalmente, sem dizer aos colegas o que ocorria. Conforme relatado à polícia, o vigilante pediu aos colegas que abrissem o cofre. Pegou então uma arma de trabalho e jogou no colo de um colega fotos que mostravam uma mulher sequestrada. Rendeu os três seguranças com a espingarda e pediu ao motorista para seguir um caminhão que estava à frente. Esse veículo e outro que vinha atrás bloquearam o carro-forte quando ele saía da via Anhanguera, em Valinhos. O caminhão que seguia à frente foi incendiado durante a ação. O vigilante pediu aos outros que saíssem e se deitassem no chão. Os bandidos foram até o veículo, mas a porta se fechou -ela só pode ser aberta por dentro. O grupo tentou abri-la a tiros. Os estilhaços feriram três vigilantes levemente. Irritado, o grupo fugiu sem levar nada. Ninguém foi preso. O vigia teve de esperar uma equipe antibomba remover o artefato de sua perna. Nervoso, recebeu oxigênio. O material foi detonado por precaução -não era uma bomba. Sedado, o homem foi levado ao hospital Dr. Mário Gatti, de onde saiu, às 15h, ainda bastante abatido, para depor. A polícia não informou quanto dinheiro o carro-forte transportava. A reportagem não conseguiu contato com a Transbank, dona do veículo. Com medo, o vigilante pediu à polícia para não ter seu nome divulgado. Sua família foi resgatada em segurança. Uma semana atrás, houve um caso similar em Pirituba (zona norte). O assalto falhou e o segurança teve atada à perna uma bomba -verdadeira. Neste ano, dez carros-fortes foram atacados no Estado e um vigilante foi morto, diz o SindForte (sindicato dos trabalhadores de carro-forte). Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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