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Cuidadores agora buscam formação especializada

Procura por profissionais cresce e deixa atividade menos informal

Escolas dão cursos para aprimorar técnicas de atendimento a idosos; para entidade, formação garante mais segurança

MARIANA DESIDÉRIO
DE SÃO PAULO

Com uma procura cada vez maior no mercado, os cuidadores de idosos têm se especializado na função. Escolas oferecem cursos de 12 a 160 horas. Nas aulas, os profissionais aprendem desde como fazer um currículo até como transferir um idoso da cama para a cadeira com segurança.

"Antes era uma profissão bem informal. Muitas vezes as famílias pediam para as empregadas domésticas cuidarem. Hoje esses profissionais não dão mais conta. E daí vem a necessidade de formação", diz Marília Berzins, coordenadora do curso do Olhe (Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento).

Para Marilene Gerônimo da Silva Maciel, da Acrimesp (Associação de Cuidadores de Idosos da Região Metropolitana de São Paulo), a formação garante mais segurança.

"Se você não sabe fazer a transferência da pessoa da cama para a cadeira, por exemplo, pode machucá-la e também a si mesmo."

Além dos cursos, nos últimos anos a área também ganhou empresas especializadas, o que facilita a busca das famílias pelos profissionais.

Wagner Lodos, dono da unidade da Vila Mariana da rede HomeAngels, afirma que a procura por cuidadores dobrou nos últimos três anos.

Segundo Marília Berzins, do Olhe, 90% das pessoas que procuram os cursos da entidade são mulheres. Muitas trabalham como domésticas ou babás e querem melhorar o salário. Outras trabalham na área e buscam o curso a pedido da família do idoso.

Ivone Paulino dos Santos, 53, começou a atuar como cuidadora após cuidar de uma tia e de uma vizinha. Depois, passou a trabalhar com isso.

Após anos de experiência, fez um curso para se especializar. Para ela, as aulas ajudaram as negociações com dona Deolinda, 76, na hora de tomar banho, sair da cama e comer.

A profissão não é regulamentada, mas algumas regras norteiam o trabalho. Como não são profissionais da saúde, os cuidadores não podem dar remédios não prescritos ao idoso, por exemplo. Também não podem ser confundidos com empregados domésticos.

"O cuidador atua dando auxílio em atividades como o banho, o lazer e promovendo a autonomia do idoso", afirma Marilene, da Acrimesp.

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