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Arnaldo Augusto Setti (1948-2012)

Autoridade em saneamento básico

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

No início da carreira, Arnaldo Augusto Setti foi responsável até pela construção de uma penitenciária em Araraquara, no interior de SP.

Sua área de especialização como engenheiro, porém, acabaria sendo outra: tornou-se uma autoridade em recursos hídricos e saneamento básico, ajudando a formatar a ANA, a Agência Nacional de Águas, criada no país em 2000.

Paulistano, cresceu em Jacarezinho (PR). Fez parte dos estudos em Curitiba e, no começo dos anos 60, mudou-se com a família para Brasília. Cursou engenharia na UnB.

Embora tivesse 1,90 m, era o Arnaldinho, para diferenciar-se do pai, Arnaldo, advogado e procurador da República. Foi o único da família a seguir a área de exatas: tem dois irmãos jornalistas, um médico e outro advogado.

A especialização foi na Holanda, onde fez doutorado na Universidade Técnica de Delft.

No Brasil, deu aulas em várias universidades, como professor convidado. Já como palestrante, conheceu mais de 50 países -no período em que foi consultor da ONU, chegou a morar no Uruguai.

Colaborou com a Cetesb, foi funcionário da Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do DF) e desenvolveu trabalhos para os ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente e para o Senado. Escreveu 21 livros técnicos.

Era extrovertido, boêmio e louco por Carnaval. Chegou a ser diretor de ala da Portela. Ia a festas populares até no Maranhão e fundou um clube de choro em Brasília.

Depois de um transplante de rim em 2008, diminuiu o ritmo de trabalho. Morreu no sábado (7), aos 63 anos, de septicemia. Não deixa filhos.

coluna.obituario@uol.com.br

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