Outro lado

Administradora afirma que não se manifestará

A BGE, empresa do grupo Brookfield que administra o shopping Pátio Paulista, informou que não se manifestará sobre a cassação do alvará de funcionamento do local neste momento.

Essa é a posição que a BGE vem adotando desde que a prefeitura iniciou a fiscalização no shopping, após a Folha revelar que sua ex-diretora financeira Daniela Gonzalez acusa a empresa de ter pago propinas a funcionários públicos para obter licenças de obras nos empreendimentos do grupo.

Nas primeiras manifestações sobre o assunto, a BGE disse desconhecer qualquer tipo de pagamento irregular a agentes públicos por parte de seus funcionários.

Porém, sobre irregularidades em seus empreendimentos, a empresa não deu nenhuma informação.

A Folha questionou a BGE sobre mudanças que já haviam sido feitas na garagem do shopping, como a remarcação de vagas para aumentar a oferta de locais de estacionamento para os clientes, mas não obteve resposta.

A empresa também não deu informações sobre a possibilidade de retirar o lava-rápido que funciona dentro da garagem do shopping e ocupa, segundo a prefeitura, vagas que deveriam ser destinadas a consumidores.

DISPUTA JUDICIAL

A BGE acusa Daniela Gonzalez de ter cometido irregularidades quando ocupou o cargo de diretora financeira.

Há um inquérito aberto contra ela, a pedido da empresa, para apurar fraudes como pagamento a empresas que não teriam prestado serviço e privilégio a lojas em empreendimentos do grupo.

Daniela move uma ação trabalhista contra a empresa, na qual pede que a Justiça determine o pagamento de indenização por danos morais e verbas trabalhistas que não teriam sido pagas.