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Rio 'esconde' monumento que foi dado de presente por presidente iraniano

Prefeitura diz que local será aberto em 15 dias; área, com réplica de colunas de Persépolis, ganhou apelido de 'praça dos cornos'

LUCAS VETTORAZZO
DO RIO

Uma coluna sobre uma base de mármore, envolta em plástico preto e fita adesiva, há duas semanas chama a atenção de quem passa por uma rotatória na avenida Pedro 2º, em São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro.

O monumento, que deveria ter sido inaugurado durante a Rio+20 (conferência da ONU sobre ambiente que aconteceu no mês passado), ficou apenas dois dias descoberto. Mas foi tempo suficiente para dar à rotatória um apelido: "praça dos cornos".

Isso porque no topo da coluna há duas cabeças de grifos, animal mitológico que é metade águia, metade leão. As orelhas dos bichos parecem chifres, fazendo com que passantes as confundissem com cabeças de touro.

O monumento é uma réplica das colunas da cidade histórica de Persépolis, no Irã, e foi um presente oferecido pelo presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad.

Inicialmente marcada para o sábado seguinte à conferência, dia 23 de junho, a inauguração, que reuniria Ahmadinejad e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi adiada antes mesmo de entrar na agenda oficial.

Houve especulações de que o cancelamento ocorreu para evitar que autoridades municipais fossem fotografadas ao lado do ditador do Irã.

A prefeitura diz, no entanto, que adiou a inauguração porque o peso do monumento, de seis toneladas e três metros de altura, poderia comprometer o solo da área, que chegou a ser interditada pela Defesa Civil.

Agora, a prefeitura afirma que estão sendo feitas obras no entorno e que o local será inaugurado em 15 dias.

BRINCADEIRA

Moradores dos arredores dizem que agora procuram um "patrono" para a "praça dos cornos".

"Temos um amigo mineiro que é perfeito para ser o patrono, já que a mulher dele é bastante cobiçada", brinca Alexandre Silva, 37, dono de uma loja de artigos esportivos em frente ao local.

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