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Governo pode excluir quatro obras da Copa

Projetos de mobilidade urbana de R$ 2,1 bilhões, como o VLT de Cuiabá, estão atrasados

KELLY MATOS
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

O governo federal estuda excluir quatro obras de transporte público, de R$ 2,1 bilhões, do projeto Copa-2014 em razão de atrasos e dificuldades para saírem do papel.

A decisão final deve sair só em outubro. Se ficarem fora da Copa, perderão prioridade na liberação de dinheiro.

As obras -em Cuiabá (MT), Natal (RN) e Manaus (AM)- foram classificadas pelo ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) como "no vermelho".

De acordo com o ministro, elas serão submetidas a uma avaliação de técnicos e, caso o cronograma permaneça com atraso significativo, poderão ser retiradas da Copa.

"Existem duas coisas: o contrato de financiamento e a questão da entrega da obra específica com data para a Copa do Mundo. Nossa equipe técnica fará essa avaliação para ver se haverá esse prazo dentro da obra", disse ontem.

A obra mais cara que pode ficar de fora é o veículo leve sobre trilhos (VLT) de Cuiabá, principal projeto de mobilidade da cidade. Com custo estimado em R$ 1,2 bilhão, não teve nenhum centavo gasto até maio. A entrega é prevista para janeiro de 2014.

Em Natal, são duas intervenções, que somam R$ 560 milhões. Até maio nada havia sido gasto. Uma delas é o corredor de acesso à Arena das Dunas, previsto para dezembro de 2013. Já a reestruturação da Avenida Roberto Freire deve ser concluída um mês antes da Copa-2014.

Em Manaus, o BRT (ônibus sobre trilhos) tem custo estimado em R$ 290 milhões -até agora, o governo só gastou R$ 5 milhões, para fazer o projeto. A previsão de entrega é março de 2014.

O ministro disse que poderia ficar de fora também o VLT de Brasília, cuja obra foi embargada pela Justiça. A assessoria do ministério, contudo, corrigiu a informação e disse que a obra está no "amarelo", já que pode ficar pronta a tempo caso a Justiça libere.

Segundo a pasta, 36% dos projetos de mobilidade para a Copa estão com "alerta amarelo", enquanto 56% estão dentro do cronograma. No total, estão previstas 51 obras de transporte público.

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