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Após enterro de jovem em Santos, parentes e amigos fazem passeata

DE SÃO PAULO

O enterro do estudante Bruno Vicente de Gouveia e Viana, 19, morto em Santos (a 85 km de São Paulo) na madrugada de anteontem também em perseguição policial, foi marcado pela revolta.

"A prisão dos policiais não vai trazer o meu filho de volta. Eu não estou nem aí para eles", afirmou João Viana, pai da vítima, aos jornalistas.

Depois do enterro, no cemitério do Saboó, familiares e amigos do jovem deram início a uma passeata pela cidade.

Em frente a locais como o fórum e o Palácio da Polícia, os manifestantes exibiram cartazes e pediram justiça.

O jovem estava em um Gol que foi perseguido por policiais militares por volta da 0h15 de ontem. Segundo relatos dos PMs à Polícia Civil, o motorista, um homem de 28 anos, não obedeceu a uma ordem para que parasse o carro.

Durante a perseguição, disseram os PMs, três tiros foram disparados de dentro do Gol.

Além de Viana, uma garota de 15 anos e um jovem de 20 anos ficaram feridos. Ao todo, 25 tiros acertaram o veículo em que eles estavam.

Os PMs apresentaram à Polícia Civil uma arma de brinquedo e um revólver calibre 22 -segundo eles, ela foi usada para atirar contra os policiais.

O motorista disse que tentou fugir da ação policial porque não tinha carteira de habilitação. Ele e os outros dois ocupantes do Gol que saíram ilesos disseram que ninguém atirou contra os policiais, nem que estavam com as armas.

Os quatro PMs que atiraram contra o veículo foram presos em flagrante.

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