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Bike fixa vira 'hype' entre paulistanos

DE SÃO PAULO

A bicicleta não tem marcha, nem freio, nem câmbio, nem nada. Mesmo assim, é o "xodó" de dez entre dez ciclistas que optaram por aposentar a magrela cheia de firulas, e pedalar com ela: a bike fixa.

Frequentes em centros como Berlim, na Alemanha, e Nova York (EUA), essas bikes começaram a aparecer em São Paulo há cerca três anos.

Elas permitem mais controle ao ciclista, que consegue, por exemplo, pedalar para trás e se equilibrar nos pedais mantendo a bicicleta parada.

São bicicletas com origem nas pistas de ciclismo, onde as necessidades são exatamente controle e simplicidade.

Na Europa, elas chegaram às ruas através dos mensageiros (algo como os office-boys), que usam a bicicleta no trabalho. A vantagem, para eles, era principalmente a pouca manutenção que a fixa exige.

Uma vez nas ruas, essas bikes viraram sinônimo da cultura urbana. Continuam simples, mas foram ficando mais personalizadas, cheias de estilo e, é claro, mais caras. Não se compra uma fixa, monta-se uma, peça por peça.

Com quadro feito sob medida, selim importado e aros e pneus coloridos, uma bike fixa no Brasil custa em média R$ 3.000, de acordo com Pablo Gallardo, dono da loja especializada Tag and Juice, na Vila Madalena. Ele foi um dos primeiros a usar uma dessas no Brasil.

QUESTÃO DE ESTILO

Com os braços cheios de tatuagens, calça jeans, camiseta preta, Pablo traça seu próprio perfil: andava de skate na adolescência, adora grafite e ouve uma música mais "pesada". Guardadas as exceções, essa é um pouco a cara de quem opta por uma fixa.

Essas bicicletas são usadas tanto para pedalar no trânsito caótico de São Paulo, quanto em jogos de bike polo ou para correr num velódromo.

Os adeptos defendem que pedalar ganha um novo significado com as fixas. "Com ela, você faz parte da engrenagem da bicicleta. Fica muito mais ligado, amplia sua percepção. Não é um passeio", diz Pablo.

A diferença se explica principalmente pela ausência dos freios. Também pelo fato de que, na fixa, para andar é preciso pedalar o tempo todo. Não dá para descer uma ladeira no embalo, por exemplo. Aqui, o ciclista precisa estar no controle o tempo todo.

Adepto das fixas há dois anos, o publicitário Renato Sertório, 37, diz que a bike lembra o universo do skate.

"Eu sempre vivi muito a cultura do skate, de acompanhar vídeos, as marcas, as turmas. E a fixa tem muito disso. Você faz parte de um grupo que tem interesses muito parecidos com os seus." (Mariana Desidério e fAbio braga)

NA INTERNET
Confira as bikes
folha.com/fg8967

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