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Rômulo Cézar Vieira Ferraz (1965-2012) Produtor de espetáculos artísticos ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO A apresentação de Luciano Pavarotti no Pacaembu, em dezembro de 1991, mudou para sempre a vida de Rômulo Cézar Vieira Ferraz, como ele mesmo costumava dizer. Natural de Niterói (RJ), havia se formado em arquitetura no Rio. Mas não exerceu a profissão. No fim da década de 80, passou a trabalhar com produção de espetáculos. Em 1991, como colaborador da Dell'Arte, que trouxe Pavarotti ao Brasil, atuou na produção do concerto. Foi seu primeiro grande evento, e nele descobriu que era essa a área na qual se realizaria. Myrian Dauelsberg, presidente da Dell'Arte, lembra que, na época, durante o governo Collor, o país passava por uma crise, e que metade dos patrocinadores desistiram de apoiar o evento. Rômulo, então, se destacou por sua rapidez e entusiasmo, como ela conta. Conseguiu, por meio de permutas, por exemplo, que o jantar para o cantor no restaurante Leopolldo fosse feito. Ela descreve o amigo como habilidoso na comunicação e bem-humorado. Nos momentos difíceis, aliviava a tensão com suas brincadeiras. Rômulo, que chegou a ter aulas de dança, tornou-se um profundo conhecedor de balé. Trabalhou recentemente na produção de espetáculos do Teatro Scala de Milão e da Nederlands Dans Theater. Segundo os amigos, preocupava-se em distribuir ingressos a crianças que participavam de projetos sociais. Sofrera um acidente vascular cerebral. Morreu no domingo (22), aos 46 anos, de complicações respiratórias. A missa do sétimo dia será hoje, às 18h, na igreja Nossa Senhora da Glória, no Rio. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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