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José de Assis Alvarenga (1928-2012)

Zé Sambinha, 72 anos de Carnaval

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

José de Assis Alvarenga era um autodidata: ainda pequeno, aprendeu sozinho a tocar vários instrumentos musicais.

Na adolescência, improvisou uma bateria e, com uns amigos, montou a banda Blue Star, que se apresentava em clubes e festas de aniversário em Pindamonhangaba, cidade do interior paulista onde nasceu e sempre morou.

Gostava tanto de Carnaval que, nessa época do ano, o grupo virava escola de samba. Conta-se que pulou 72 festas.

A paixão pela música lhe rendeu o apelido de Zé Sambinha e fez com que parte da família seguisse seus passos. Além da mulher, Maria Trindade, que o acompanhava nas rodas de samba, nos bailes da cidade e nas composições musicais, três filhos e um neto tornaram-se percussionistas.

Era o mais antigo componente da centenária Banda Euterpe, fundada em 1825 e para a qual entrou ainda solteiro, antes dos 20 anos.

Há cerca de cinco anos, Zé Sambinha criou uma fanfarra na Apae da cidade. Ensinava crianças e adolescentes com deficiência a tocar diversos instrumentos musicais.

Desde 2008, quando ficou viúvo, após mais de seis décadas de casamento, passou a se sentir um pouco triste, conta a família, mas não abandonou os bailes -dançava de tudo, menos tango.

José costumava dizer que a música exige dom e insistência e ajuda a manter a memória funcionando.

Sofria de problemas do coração. Morreu na sexta-feira (27), aos 84 anos. Deixa cinco filhos, 13 netos e 13 bisnetos. A missa do sétimo dia será realizada hoje, às 19h, na igreja do Instituto Salesiano, em Pindamonhangaba.

coluna.obituario@uol.com.br

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