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Walter Byron Dore (1924-2012)

Fabricava o 'melhor refrigerante'

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Grande colecionador e apreciador de uísque, Walter Byron Dore abria uma exceção quando se tratava do "melhor refrigerante do mundo".

Era assim que ele se referia à bebida que leva o sobrenome da família, Dore, marca centenária criada pelo pai dele no Nordeste em 1911.

Walter sempre trabalhou na fábrica de refrigerantes. Primeiro, em sua cidade natal, João Pessoa; a partir de 1955, na filial em Natal, substituindo um dos irmãos.

Segundo o filho Herbert, ele era famoso por ser "mão de ferro". "Tinha orgulho de dizer que nenhuma multinacional conseguiu derrubá-lo, nem a Coca-Cola."

Trabalhava de segunda a sábado, de manhã até à noite, e só trocava os negócios por outra paixão: a família.

Casado com a paraibana Maria Luzia desde 1951, teve quatro filhos: além de Herbert, Walter, Anne Mildred e Margareth Rose -todos ganharam nomes ingleses, seguindo a tradição da família, de mesma ascendência.

As horas de folga ele dividia entre as partidas de sinuca -que sempre ganhava, afirma Herbert- e os jogos do Vasco ou do Alecrim, time de Natal do qual foi presidente.

Um dos fatos que mais marcaram sua vida, dizia, era ter sido convocado para a Segunda Guerra Mundial -da qual não chegou a participar, já que ela acabou em seguida.

Há pouco mais de um mês, passou a se tratar de uma insuficiência renal e preparava-se para fazer hemodiálise, mas acabou morrendo no sábado, aos 87. Deixa a mulher, os filhos, dez netos e nove bisnetos. A missa do sétimo dia será hoje, às 19h, na Catedral Metropolitana de Natal.

coluna.obituario@uol.com.br

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