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Motoboys fecham a Paulista em protesto

Ato era contra novas regras federais para a categoria; fiscalização, que teria início amanhã, foi adiada para fevereiro

Profissionais, que também protestaram na marginal Pinheiros, terão de fazer curso e padronizar motos

Almeida Rocha/Folhapress
Em ato contra regras, motoboys trafegam pela zona sul de São Paulo; eles passaram pela av. Paulista e marginal Pinheiros
Em ato contra regras, motoboys trafegam pela zona sul de São Paulo; eles passaram pela av. Paulista e marginal Pinheiros

DO “AGORA”
DE SÃO PAULO

Em meio a protestos, a fiscalização das novas regras federais para motoboys, que estava programada para começar amanhã, foi prorrogada pelo terceiro ano seguido e começará em fevereiro de 2013.

Além de curso profissionalizante, a nova lei exige equipamentos de segurança.

Cerca de 150 motoboys, segundo a Polícia Militar, fecharam ontem a avenida Paulista e a pista expressa da marginal Pinheiros em protesto contra as mudanças na profissão.

A manifestação gerou 7,3 km de lentidão na marginal. Às 19h, a lentidão chegava a 149 km em toda a cidade, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O índice está dentro da média para o horário.

Segundo o presidente do SindimotoSP (sindicato estadual dos motoboys), Gilberto Almeida dos Santos, o grupo de motoboys não concordou com a proposta da entidade, discutida em assembleia à tarde -cerca de 5.000 motoboys passaram pela sede, no Brooklin (zona sul), diz ele.

"Eles queriam que encabeçássemos um protesto, mas tínhamos fé na flexibilização do prazo", afirma.

Numa rua acima do sindicato, que apoia as novas regras, um grupo obrigou uma agente da CET a deixar o local, chutando e batendo com capacete contra o veículo em que ela estava. Santos afirma que o sindicato reprova a atitude, que foi um ato isolado.

Aldemir Martins de Freitas, presidente do sindicato de motoboys da cidade de São Paulo, critica as normas. "Elas não devem ser exigidas para os motoboys que já trabalham com carteira assinada. Se isso permanecer, vamos entrar na Justiça contra a resolução do Contran [Conselho Nacional de Trânsito]", diz.

O atraso na conclusão do curso profissionalizante foi o principal argumento de órgãos como o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito) para pedir o adiamento da fiscalização ao Denatran (departamento nacional).

Apenas 9.500 motofretistas e mototaxistas paulistas fizeram o curso -2% dos 500 mil que atuam no Estado.

Segundo a lei, só entidades do Sistema "S", como Sest e Senat, podem ministrar o curso para motoboy, o que provocou o gargalo na procura por cursos em São Paulo, dizem o Detran e o SindimotoSP.

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