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Rush torna ponte aérea até 25min mais lenta Tempo extra é mais da metade da duração dos voos mais rápidos entre Rio e São Paulo, que chegam a 43 minutos Principais causas são o tráfego aéreo intenso, a concorrência pelo uso da pista e a falta de controles mais eficazes
DE SÃO PAULO Na hora do rush, um voo da ponte aérea Rio-São Paulo, entre os aeroportos de Santos Dumont e Congonhas, a rota mais movimentada do Brasil, chega a levar 25 minutos a mais que a mesma viagem, pela mesma companhia, fora do horário de pico. O tempo extra é significativo, já que os voos mais rápidos entre as duas cidades levam menos de 45 minutos (veja quadro nesta página). Os principais motivos, segundo a Aeronáutica, as companhias aéreas e especialistas, são a concorrência pela utilização da pista, o tráfego aéreo intenso e a falta de controle mais eficaz dos voos. A comparação entre os diferentes horários foi feita pela Folha com base na duração dos voos da TAM, Gol e Avianca, as três companhias que atuam na ponte aérea durante a semana, tanto nas viagens já feitas (janeiro a junho), quanto naquelas que ainda estão programadas. Os dados estão disponíveis nos sites das companhias aéreas e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Voar pela manhã, na maioria dos casos, é pior do que à noite. Avianca e Gol têm as maiores discrepâncias. Na primeira, o voo mais demorado é o que sai de Congonhas às 7h28 de segunda à sexta, no qual o passageiro enfrenta uma hora e 23 minutos de viagem. O mais curto é o que parte de São Paulo às 19h02 -duração de 58 minutos, ou 30% mais rápido. Na Gol, os mesmos 25 minutos de diferença aparecem ao comparar dois voos que partem do Rio. O pior, das 9h10, leva uma hora e oito minutos; o mais rápido, às 17h10, dura 43 minutos. Os voos da TAM variam menos: 17 minutos em Congonhas e 22 minutos no Rio. FILA DE AVIÕES "Varia bastante, é perceptível. Eu sempre me programo para chegar a São Paulo com antecedência", diz o advogado José Carlos Rosa, 34, que mora no Rio e vem a São Paulo uma vez por semana. Sexta-feira, afirma, costuma ser o dia mais complicado. Segundo a Aeronáutica, o tráfego aéreo entre as metrópoles lhe obriga a organizar os aviões que chegam e que saem dos aeroportos -o que influencia o tempo de voo. Entre as medidas está o sequenciamento, que é estabelecer uma fila de aviões que vão para o mesmo destino. Assim, as aeronaves recebem ordens para reduzir a velocidade ou fazer desvios. O clima e fatores operacionais -uma aeronave ou aeroporto com restrições, por exemplo- também influenciam, segundo o órgão. Um estudo de 2010 encomendado pelo BNDES identificou que os tempos de voo dos aviões na ponte aérea haviam aumentado em dez minutos entre Congonhas e Santos Dumont e sete minutos no sentido inverso, entre 2005 e 2009, em decorrência de restrições de infraestrutura aeroportuária e aeronáutica. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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