Delegado de Guarulhos é assassinado na marginal

Um delegado da Polícia Civil paulista foi assassinado com dois tiros na noite de anteontem na marginal Tietê, próximo à ponte do Limão, na zona norte de São Paulo.

Paulo Pereira de Paula, 49, trafegava em sua motocicleta, uma Honda CB 1.000R, quando quatro homens armados, em outras duas motos, o abordaram e mandaram que ele saísse do veículo. Na sequência, dispararam dois tiros, sendo que um atingiu seu rosto, e o outro, o abdômen.

Ele foi socorrido por uma médica que passava pelo local, mas morreu antes de chegar ao hospital. A polícia suspeita que o delegado tenha tentado escapar do assalto.

Os ladrões fugiram sem levar nada. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o delegado não reagiu. Imagens de câmeras de uma loja serão analisadas pela polícia.

Paulo de Paula era delegado há pelo menos 20 anos. Ele era de uma família de policiais -dois primos dele são delegados em São Paulo e sua mulher é delegada em Minas Gerais. Atualmente, estava lotado em Guarulhos.

Ele esteve envolvido em dois casos de repercussão: no desbaratamento de uma quadrilha de roubo de caixas eletrônicos da Grande São Paulo, no ano passado, e na prisão de ladrões de carga em Ribeirão Preto, em 2002.

O delegado foi o décimo policial morto na região metropolitana desde o início da onda de violência contra policiais, em 13 de junho. As outras nove vítimas eram PMs.

Em 2002, foi vítima de um atentado. Bandidos atiraram uma granada na garagem da casa dele. Ele não se feriu.

A Promotoria afirmou à época que o atentado foi feito por um grupo de extermínio formado por policiais. Paulo disse que duvidava dessa tese. O corpo dele foi enterrado ontem em Ribeirão.