Polícia rodoviária ameaça ampliar operação-padrão para todo o país

Após realizar operações-padrão que causaram filas em estradas de oito Estados ontem, os policiais rodoviários federais prometem levar os transtornos para todo o país hoje.

Na ação, agentes fazem uma fiscalização mais rigorosa em carros, caminhões, ônibus e pedestres. O motivo é mostrar que falta pessoal. Segundo a FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais), a defasagem chega a 4.000 policiais no país.

A categoria reivindica reajuste de 40% (para repor perdas desde 2006), adicionais noturno e de insalubridade e reestruturação da carreira.

Em Guarulhos, a operação-padrão ocorreu na via Dutra das 9h às 11h, no sentido Rio. Foram parados 163 caminhões -20 foram multados por infrações como falta de licenciamento ou de itens de segurança.

A fiscalização rigorosa provocou cerca de 10 km de lentidão. Segundo o inspetor Lúcio Nogueira, em dias normais, seriam fiscalizados só quatro veículos no período.

No Rio, faixas nos dois sentidos da ponte Rio-Niterói foram interditadas à tarde. Foram revistados 310 veículos, o que causou congestionamento de 13 km, com reflexos em Niterói e São Gonçalo.

Durante a operação, um ônibus teve uma pane elétrica e pegou fogo -uma passageira sofreu queimaduras.

No Paraná, houve filas de 3 km na ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai. A espera para entrar no país vizinho passou de três horas.

NEGOCIAÇÃO

O salário inicial é de R$ 5.804,95. Ainda não houve negociação. Reunião com o Ministério do Planejamento marcada para o último dia 26 foi cancelada. "Desde o ano passado tentamos negociar e nada de concreto é colocado na mesa", disse Lourismar Duarte, diretor da FenaPRF.