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Armando da Silva Prado Netto (1931-2012)

Fundou a Gazeta de Santo Amaro

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Filho de uma tradicional família paulistana, Armando da Silva Prado Netto formou-se em direito, mas acabou não seguindo os passos do pai, procurador do Estado, e do avô, ex-ministro da Justiça.

Aos 28 anos, fundou a Gazeta de Santo Amaro, um dos mais antigos jornais de bairro de São Paulo, e nunca mais abandonou o jornalismo.

Como foi diretor da Gazeta por 52 anos, transformou a redação em uma escola de jornalismo, conta Fausto Camunha, um dos "alunos". "Lá foi o primeiro emprego de muitos jornalistas em início de carreira, como Rolf Kuntz, Ricardo Kotscho e Nelson Blecher."

Entre seus repórteres, Armando era conhecido por exigir deles textos sempre muito bem escritos.

Nascido e criado no bairro da zona sul da capital paulista, não media esforços para resolver os problemas do lugar. Se havia uma importante reivindicação, lá estava ele para registrar. Se a ajuda era para um morador, ia pessoalmente atender ao chamado.

Sempre que possível, incentivava também o trabalho das entidades locais. Era vice-provedor da Santa Casa de Misericórdia e doou a primeira máquina de escrever para a recém-criada Universidade de Santo Amaro, nos anos 60.

Em 1980, tornou-se diretor administrativo da Cohab. De todos os cargos que exerceu fora da redação, foi o que mais lhe marcou, dizia, pois "era uma felicidade imensa entregar a chave àqueles que conquistavam a casa própria".

Morreu no último dia 30, aos 81 anos. Deixa quatro filhas -três do primeiro casamento-, cinco netos e a viúva, Zelia, que ele conheceu durante uma reportagem.

coluna.obituario@uol.com.br

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