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Protesto de agentes da CET amplia congestionamento

Por reajuste salarial, funcionários ameaçam fazer greve no dia 4 e 'parar a cidade'

Lentidão ficou maior que a média na maior parte do dia; situação se normalizou de forma rápida, diz companhia

FELIPE SOUZA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um protesto dos funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) por reajuste salarial causou lentidão acima da média ontem no trânsito de São Paulo.

Cerca de 1.500 servidores doaram sangue em diversas unidades de saúde, segundo o Sindviários (Sindicato dos Agentes de Trânsito de São Paulo) -com a doação, eles têm direito a folga.

O sindicato disse que o número de doadores corresponde a 60% dos agentes operacionais -que atuam nas ruas- e 35% dos administrativos.

O trânsito em São Paulo ficou acima da média na maior parte do dia. De manhã, o congestionamento chegou a 12,7 km na Radial Leste, no sentido centro.

A faixa reversível, montada num dos sentidos de segunda a sexta para ajudar o fluxo nos horários de pico, foi implantada em apenas 700 m, em vez de em todos os 9 km da via.

Às 19h, agravada por uma operação de resgate que interditou o corredor norte-sul, a lentidão na cidade chegou a 220 km -a média no horário é de 192 km. A CET afirmou que o trânsito era resultado do excesso de veículos.

A Folha passou por vias importantes como as avenidas Ipiranga, São João, Rio Branco, 9 de julho, Paulista, Bandeirantes, 23 de maio, Brasil e Rebouças. Nenhum agente foi visto. Motoristas aproveitaram a falta de fiscalização para usar a faixa exclusiva de ônibus.

'PARAR A CIDADE'

Em assembleia no dia 1º, a categoria aprovou uma greve para 4 de setembro, na mesma semana do feriado da Independência -quando há trânsito maior pela saída dos carros da cidade. Se não houver acordo salarial até a data programada, o sindicato disse que vai "parar a cidade".

Os agentes também foram orientados a aplicar multas apenas em último caso.

A principal reivindicação é aumento de 12% nos salários e benefícios. O sindicato também pediu melhores condições de trabalho, como carros e ferramentas, e contratações.

A CET ofereceu 4,14%. Questionada se haverá uma nova proposta, sobre o número exato de funcionários que deixaram de trabalhar e quantas multas foram aplicadas desde o início do mês, a companhia não respondeu.

Em nota, disse que montou operação especial para garantir a normalidade do trânsito, remanejando funcionários e contando com a Polícia Militar. Afirmou que "a situação foi normalizada rapidamente" após "pequenos problemas".

Disse ainda que os agentes de trânsito receberam reajustes superiores à inflação nos últimos sete anos.

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