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Médica e porteiro apanham durante arrastão em prédio

Crime foi na Vila Olímpia (zona sul); 6 de 17 apartamentos foram roubados

Foi o 16º arrastão na cidade de São Paulo em 2012; grupo entrou em prédio pulando muro de um hospital em obras

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Uma médica e um porteiro foram agredidos a coronhadas de pistola durante o arrastão de um condomínio residencial de classe média na zona sul de São Paulo.

Eram 2h50 de ontem quando dois homens armados invadiram o edifício, na Vila Olímpia, pulando o muro que faz fundo com o prédio em construção de um hospital.

A dupla, que estava encapuzada, rendeu o porteiro e determinou que ele abrisse o portão para outros três homens. Eles esperaram mais de três horas para iniciar os roubos aos apartamentos.

Perto das 6h, um outro porteiro chegou para trabalhar e se assustou quando viu o colega amarrado e sob a mira de armas. Tentou argumentar com os ladrões, mas acabou apanhando. Na sequência, começaram os assaltos.

Todos os moradores que desciam para o hall de entrada do prédio ou para o estacionamento acabaram rendidos. Eles foram obrigados a levar o bando para seus apartamentos e dar objetos de valor, como joias, dinheiro, tablets e computadores.

Após entregarem seus bens, foram todos amarrados em um dos apartamentos.

Segundo a Polícia Civil, 6 dos 17 apartamentos foram assaltados. Conforme imobiliárias, um imóvel nesse edifício vale cerca de R$ 700 mil.

Uma médica de 54 anos que mora no prédio também foi agredida porque, de acordo com policiais, ela discutiu com um dos ladrões.

A situação ficou mais tensa, quando um bandido deu um tiro acidental, que não atingiu ninguém. A bala ricocheteou no chão e parou em uma parede.

Durante todo o assalto, os ladrões falavam por telefone celular e se chamavam de Jubileu, Marconi e Casa Grande. Na fuga, eles usaram um Fiat Punto vermelho que estava com as placas cobertas por fitas adesivas.

ONDA

Com esse caso, São Paulo teve ao menos 16 arrastões a prédios residenciais neste ano. Segundo o Deic (departamento que investiga o crime organizado), 40 suspeitos de participação em 15 desses crimes acabaram presos.

Do caso de ontem, porém, ninguém ainda foi detido. Um dos porteiros rendidos e ex-funcionários do condomínio serão investigados. Como o prédio não tem câmeras de vigilância, a polícia analisa imagens de imóveis vizinhos para identificar o bando.

Colaboraram ANDRÉ CARAMANTE, de São Paulo, e JOSMAR JOZINO, do "Agora"

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