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Sérgio Silva (1945-2012)

Amante do cinema desde criança

DE SÃO PAULO

Ainda criança, Sérgio Roberto Silva saía correndo dos cinemas que frequentava em Porto Alegre, sua cidade natal, para chegar em casa e escrever uma pequena ficha técnica dos filmes vistos.

Essa paixão não esmoreceu com o passar do tempo. Virou crítico de cinema, professor, ator e, claro, diretor.

Apesar de ter se formado em letras pela Universidade Federal do RS, começou a atuar em peças teatrais e a ensinar dramaturgia no Departamento de Arte Dramática, onde ajudou a criar, por mais de 30 anos, gerações de críticos e cineastas gaúchos.

Em 1968, Sérgio dirigiu seu primeiro curta, ainda com uma antiga Super 8, chamado "Sem Tradição, Sem Família e Sem Propriedade".

Somente em 1990 dedicou-se a um longa-metragem, dirigindo "Heimweh/Nostalgia" ao lado do amigo e sócio Tuio Becker. O longa, falado em alemão, foi filmado em 16mm.

Sete anos depois, criou sua produção mais famosa, "Anahy de las Misiones", drama que se passa durante a Guerra dos Farrapos e que levou sete Candangos no Festival de Cinema de Brasília de 1997, incluindo melhor filme e roteiro.

Trabalhou ainda como crítico de cinema para jornais do Rio Grande do Sul e fez mais dois longas: "Noite de São João" (2003) e "Quase um Tango..." (2009).

No domingo passado, o cineasta foi o principal homenageado da noite do Festival de Cinema de Gramado, mas não pôde comparecer porque seu estado de saúde piorou.

Sérgio Silva morreu ontem, aos 66 anos, vítima de um câncer de pulmão descoberto há dois anos.

coluna.obituario@uol.com.br

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