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Guardas civis são suspeitos de matar mulher

Promotoria diz que trio assassinou moradora de rua em Guarulhos pelo "prazer de matar"; dois deles foram presos

Vítima era viciada em drogas e tinha três filhos; GCM afastou os envolvidos e abriu sindicância sobre o caso

DO “AGORA”

Três guardas civis municipais de Guarulhos (Grande São Paulo) são acusados pelo Ministério Público do Estado de matar uma moradora de rua no último dia 9 de maio. Dois dos guardas já estão presos e um terceiro está foragido. Um deles teria confessado participação no assassinato da mulher.

O crime, segundo a Promotoria, foi cometido "pelo prazer de matar".

Rosângela de Souza, 30, era viciada em drogas e vivia nas ruas do bairro Vila Galvão. Moradores de rua afirmam terem visto quando os guardas arrastaram a mulher para o carro da Guarda Civil.

Segundo informações da polícia, outros dois homens chegaram em seguida num Celta preto e um deles disse: "essa é minha".

A câmera de uma empresa localizada em frente ao terreno onde Rosângela foi morta registrou a ação dos guardas. As imagens mostram a participação de um quarto homem ainda não identificado.

Segundo a polícia, não há informações de qualquer queixa registrada contra a mulher, que era mãe de três crianças, tinha companheiro e familiares na cidade.

"Ela era 'nada' para eles", afirma o promotor Marcelo Alexandre Oliveira. Ele vai denunciá-los por crime duplamente qualificado -sem motivo e sem chances de defesa para a vítima-, que tem pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.

Segundo a polícia, a moradora de rua foi morta com dois tiros, um de raspão e outro na cabeça.

AFASTADOS

As armas dos guardas detidos foram recolhidas pela polícia. A GCM (Guarda Civil Municipal) de Guarulhos, subordinada à prefeitura, diz que sua corregedoria afastou os guardas envolvidos, assim que foi informada da ocorrência pela Polícia Civil. Diz ainda que abriu sindicância para apurar eventuais responsabilidades no caso.

"O processo está em fase final de apuração e pode resultar na expulsão dos envolvidos", diz Prefeitura de Guarulhos, em nota.

Segundo a assessoria de imprensa da administração, assim que foram afastados, os guardas devolveram suas armas à GCM. O órgão diz que ainda que não há informações de que alguma dessas armas tenha sido utilizada no crime.

(SIMEI MORAIS)

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