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Roberto Hirao (1944-2012)

Mais de 40 anos de paixão pelo jornalismo

DE SÃO PAULO

Foi com passes de ônibus que Roberto Hirao, então com dez anos, comprou seu primeiro jornal, uma edição da "Folha da Tarde". No dia seguinte, sem passes, sacrificou a mesada. "E assim foi por muitos e muitos anos", contava.

A paixão virou ofício e o levou ao recém-fundado "Jornal da Tarde", onde atuou como estagiário. Logo depois, tornou-se repórter do "Última Hora", chegando a trabalhar com o jornalista Samuel Wainer.

Nas redações dos jornais do Grupo Folha, que edita a Folha e o "Agora", Hirao passou boa parte de seus mais de 40 anos da carreira.

Em 1973, ele assumiu a então editoria de Cidades da Folha e dirigiu uma das primeiras editorias de emergência do jornal, criada para cobrir a greve dos metalúrgicos do ABC, em 1979.

Na "Folha da Tarde", que antecedeu o "Agora", Hirao foi repórter, editor-executivo e ombudsman. Em 2009, lançou o livro "70 Lições de Jornalismo" (Publifolha), resultado do período como ombudsman. Ele foi também secretário-adjunto de Redação do "Agora" até o início deste ano, quando se aposentou.

"Foi o maior exemplo de perseverança e de dedicação ao jornalismo que conheci", disse Nilson Camargo, editor responsável do "Agora".

O cinema era outra de suas paixões. O jornalista colecionava filmes, que sempre emprestava aos colegas.

Em uma entrevista dada em 2009, afirmou que o jornalismo havia mudado com as inovações tecnológicas. "Mas algo se mantém: o que os leitores querem são boas histórias, com texto agradável."

Diagnosticado com mal de Parkinson nos anos 80, ele estava internado desde julho no Hospital Samaritano.

Morreu aos 68 anos, em decorrência de um choque séptico e de uma broncopneumonia. Deixa a mulher, Lydia, quatro filhos e o neto, Téo.

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