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Polícia Rodoviária Federal entra em greve

Segundo a categoria, nove Estados já pararam; expectativa é que movimento atinja todo o país até quinta-feira

Reajuste salarial, pagamento de adicional noturno e reestruturação da carreira são alguns dos pedidos da categoria

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

A Polícia Rodoviária Federal deu início ontem a uma greve nacional para pressionar o governo a atender as demandas da categoria -entre elas reajuste salarial e pagamento de adicional noturno.

De acordo com a FenaPRF (Federação Nacional da Polícia Rodoviária Federal), essa é a primeira paralisação unificada da categoria.

Segundo a entidade, ao menos nove unidades da federação já participam da greve. São elas: Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pernambuco, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Sul.

A expectativa é de que todos os Estados sejam afetados até quinta-feira, quando a categoria se reúne com o Ministério do Planejamento.

A orientação é para que os policiais atendam somente chamados urgentes: acidentes com vítimas, desobstrução de vias e crimes em flagrante.

Neste mês, a categoria trabalhou em operação padrão, mas o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu proibir o procedimento.

As reivindicações da categoria são: reajuste salarial, reconhecimento do nível superior para o cargo de PRF, pagamento de adicional noturno e insalubridade e reestruturação da carreira.

"Estamos com uma falta de estrutura total, e a carreira não está ficando atrativa", critica o presidente da federação, Pedro Cavalcanti, para quem a greve é resultado da "falta de capacidade" do governo em negociar.

O governo federal já informou que os aumentos aos grevistas serão limitados a 15,8% em três anos.

A greve da PRF se soma a outros órgãos do funcionalismo que já estão em greve, como a Polícia Federal, a Receita Federal, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e os professores e técnicos-administrativos das universidades federais.

O movimento grevista dos servidores públicos afeta, em potencial, mais de 60% do quadro de trabalhadores do Poder Executivo federal.

UNB

Ontem, no retorno às aulas na Universidade de Brasília (UnB), um grupo de docentes pediu nova assembleia para decidir se voltam às aulas.

Eles alegam que o fim da greve foi confirmado em assembleia da associação dos docentes -na última sexta-feira-, cuja pauta não previa a discussão do tema.

Estudantes da universidade, também em greve, se dividiram diante da divergência: parte concorda em retomar o calendário acadêmico e parte prefere manter a paralisação.

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