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TCU diz que estrutura da Polícia Federal é insuficiente na fronteira

Auditoria mostra que número de servidores é pequeno para a área

FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA

Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu que a estrutura de pessoal da Polícia Federal não é compatível com a extensão da fronteira brasileira e que o número de servidores nessas regiões tem se mostrado insuficiente para o combate ao tráfico de drogas.

Ontem, a Folha revelou que, dada a fragilidade das fronteiras brasileiras, a PF lançou mão de uma nova tática no combate ao tráfico. A partir de acordos internacionais, está entrando em território peruano e paraguaio para destruir plantações de maconha e folha de coca.

O TCU levantou o efetivo da PF nas áreas fronteiriças: 898 agentes, 155 delegados, 296 escrivães, 69 peritos e 21 papiloscopistas (especialistas em recolher impressão digital). Ou seja, são 1.439 policiais, apenas 12,4% do total.

O Brasil tem 16,8 mil quilômetros de fronteiras, sendo 11.627 com Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai -grandes produtores de cocaína e maconha. Nessas fronteiras, a PF tem 14 delegacias, com 708 agentes e 118 delegados.

O tribunal indica ainda "carências [...] como a falta de coletes balísticos para todos". Também faltam carros e cães farejadores.

O TCU enviou questionários para os policiais. Dos delegados que atuam nas regiões, 66,3% consideram "ruim" ou "péssima" a suficiência de agentes na fronteira. Para 32%, as instalações das delegacias nas fronteiras são "ruins" ou "péssimas".

Em sua decisão, o TCU recomendou ao Ministério do Planejamento que "avalie a priorização de concursos públicos [...] autorizando o preenchimento das vagas de pessoal já criadas". À PF o tribunal sugeriu ampliar a política de incentivo para manter policiais na fronteira.

A PF admite a falta de pessoal. O ministério autorizou a abertura de 1.200 vagas.

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