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Esmeralda Mansur de Carvalho Guanaes Gomes (1930-2012)

Engenheira à frente de seu tempo

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Desde muito jovem, a baiana Esmeralda Mansur de Carvalho Guanaes Gomes chamava a atenção por sua elegância, mas também pela solidariedade e coragem.

Em 1948, ainda no colégio, ingressou no PCB, influenciada pelo pai, Democrito, que militou com ela no partido.

As posições políticas lhe acompanharam na faculdade de engenharia, que concluiu em 1957, quando se tornou uma das primeiras mulheres a exercer a profissão na Bahia.

Visionária, era considerada uma mulher "à frente de seu tempo", conta a família.

Mais tarde, especializou-se em administração pela FGV do Rio e em economia pela Universidade de Londres.

Por 30 anos, foi funcionária do Ministério da Fazenda, trabalho que lhe rendeu honrarias e condecorações.

De família humilde, casou-se com o médico Sócrates, em 1957, com o vestido de noiva de uma prima, afirma o filho Nizan Guanaes, publicitário e colunista da Folha.

Ao lado do marido, fundou o Instituto Cardiopulmonar da Bahia. Após a morte dele, em 1979, assumiu todas as atividades da família.

Mesmo assim, não descuidava das atividades maternas. "Quando criança, ela cantava para eu dormir", lembra Nizan. Esmeralda teve mais três filhos: Joaquim (engenheiro), André (médico) e Joca (também publicitário).

Contra o consumismo, costumava aconselhar todos a não beber nem comer demais.

Aos 70 anos, foi diagnosticada com mal de Alzheimer. Morreu na quinta (16), aos 81. Deixa ainda cinco netos.

A missa do sétimo dia será hoje, às 11h, na paróquia São José, Jd. Europa, São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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